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LIVRO DE ESDRAS
ESDRAS Capítulo 1
1 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se
cumprisse a palavra do SENHOR, pela boca de Jeremias), despertou o SENHOR o
espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino,
como também por escrito, dizendo:
2 Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR Deus dos céus
me deu todos os reinos da terra, e me encarregou de lhe edificar uma casa em
Jerusalém, que está em Judá.
3 Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus
com ele, e suba a Jerusalém, que está em Judá, e edifique a casa do SENHOR Deus
de Israel (ele é o Deus) que está em Jerusalém.
4 E todo aquele que ficar atrás em algum lugar em que
andar peregrinando, os homens do seu lugar o ajudarão com prata, com ouro, com
bens, e com gados, além das dádivas voluntárias para a casa de Deus, que está
em Jerusalém.
5 Então se levantaram os chefes dos pais de Judá e
Benjamim, e os sacerdotes e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus
despertou, para subirem a edificar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
6 E todos os que habitavam nos arredores lhes firmaram
as mãos com vasos de prata, com ouro, com bens e com gado, e com coisas
preciosas; além de tudo o que voluntariamente se deu.
7 Também o rei Ciro tirou os utensílios da casa do
SENHOR, que Nabucodonosor tinha trazido de Jerusalém, e que tinha posto na casa
de seus deuses.
8 Estes tirou Ciro, rei da Pérsia, pela mão de
Mitredate, o tesoureiro, que os entregou contados a Sesbazar, príncipe de Judá.
9 E este é o número deles: trinta travessas de ouro,
mil travessas de prata, vinte e nove facas,
10 Trinta bacias de ouro, mais outras quatrocentas e
dez bacias de prata, e mil outros utensílios.
11 Todos os utensílios de ouro e de prata foram cinco
mil e quatrocentos; todos estes levou Sesbazar, quando os do cativeiro subiram
de Babilónia para Jerusalém.
ESDRAS Capítulo 2
1 Estes são os filhos da província, que subiram do
cativeiro, dentre os exilados, que Nabucodonosor, rei de Babilónia, tinha
transportado a Babilónia, e tornaram a Jerusalém e a Judá, cada um para a sua
cidade;
2 Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias,
Seraías, Reelaías, Mardoqueu, Bilsã, Mizpar, Bigvai, Reum e Baaná. O número dos
homens do povo de Israel:
3 Os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois.
4 Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois.
5 Os filhos de Ará, setecentos e setenta e cinco.
6 Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá-Joabe,
dois mil oitocentos e doze.
7 Os filhos de Elão, mil duzentos e cinqüenta e quatro.
8 Os filhos de Zatu, novecentos e quarenta e cinco.
9 Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta.
10 Os filhos de Bani, seiscentos e quarenta e dois.
11 Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e três.
12 Os filhos de Azgade, mil duzentos e vinte e dois.
13 Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e seis.
14 Os filhos de Bigvai, dois mil e cinqüenta e seis.
15 Os filhos de Adim, quatrocentos e cinqüenta e
quatro.
16 Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito.
17 Os filhos de Bezai, trezentos e vinte e três.
18 Os filhos de Jora, cento e doze.
19 Os filhos de Hasum, duzentos e vinte e três.
20 Os filhos de Gibar, noventa e cinco.
21 Os filhos de Belém, cento e vinte e três.
22 Os homens de Netofá, cinqüenta e seis.
23 Os homens de Anatote, cento e vinte e oito.
24 Os filhos de Azmavete, quarenta e dois.
25 Os filhos de Quiriate-Arim, Quefira e Beerote,
setecentos e quarenta e três.
26 Os filhos de Ramá, e de Geba, seiscentos e vinte e
um.
27 Os homens de Micmás, cento e vinte e dois.
28 Os homens de Betel e de Ai, duzentos e vinte e três.
29 Os filhos de Nebo, cinqüenta e dois.
30 Os filhos de Magbis, cento e cinqüenta e seis.
31 Os filhos do outro Elão, mil duzentos e cinqüenta e
quatro.
32 Os filhos de Harim, trezentos e vinte.
33 Os filhos de Lode, de Hadide e de Ono, setecentos e
vinte e cinco.
34 Os filhos de Jericó, trezentos e quarenta e cinco.
35 Os filhos de Senaá, três mil seiscentos e trinta.
36 Os sacerdotes: os filhos de Jedaías, da casa de
Jesuá, novecentos e setenta e três.
37 Os filhos de Imer, mil e cinqüenta e dois.
38 Os filhos de Pasur, mil duzentos e quarenta e sete.
39 Os filhos de Harim, mil e dezessete.
40 Os levitas: os filhos de Jesuá e Cadmiel, dos filhos
de Hodavias, setenta e quatro.
41 Os cantores: os filhos de Asafe, cento e vinte e
oito.
42 Os filhos dos porteiros: os filhos de Salum, os
filhos de Ater, os filhos de Talmom, os filhos de Acube, os filhos de Hatita,
os filhos de Sobai; ao todo, cento e trinta e nove.
43 Os netinins: os filhos de Zia, os filhos de Hasufa,
os filhos de Tabaote,
44 Os filhos de Querós, os filhos de Siá, os filhos de
Padom,
45 Os filhos de Lebaná, os filhos de Hagaba, os filhos
de Acube,
46 Os filhos de Hagabe, os filhos de Sanlai, os filhos
de Hanã,
47 Os filhos de Gidel, os filhos de Gaar, os filhos de
Reaías,
48 Os filhos de Rezim, os filhos de Necoda, os filhos
de Gazão,
49 Os filhos de Uzá, os filhos de Paseá, os filhos de
Besai,
50 Os filhos de Asna, os filhos dos meunitas, os filhos
dos nefuseus,
51 Os filhos de Bacbuque, os filhos de Hacufa, os
filhos de Harur,
52 Os filhos de Bazlute, os filhos de Meída, os filhos
de Harsa,
53 Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos
de Tama.
54 Os filhos de Neziá, os filhos de Hatifa,
55 Os filhos dos servos de Salomão; os filhos de Sotai,
os filhos de Soferete, os filhos de Peruda,
56 Os filhos de Jaalá, os filhos de Darcom, os filhos
de Gidel,
57 Os filhos de Sefatias, os filhos de Hatil, os filhos
de Poquerete-Hazebaim, os filhos de Ami.
58 Todos os netinins, e os filhos dos servos de
Salomão, trezentos e noventa e dois.
59 Também estes subiram de Tel-Melá e Tel-Harsa,
Querube, Adã e Imer; porém não puderam provar que as suas famílias e a sua
linhagem eram de Israel.
60 Os filhos de Delaías, os filhos de Tobias, os filhos
de Necoda, seiscentos e cinqüenta e dois.
61 E dos filhos dos sacerdotes: os filhos de Habaías,
os filhos de Coz, os filhos de Barzilai, que tomou mulher das filhas de
Barzilai, o gileadita, e que foi chamado do seu nome.
62 Estes procuraram o seu registro entre os que estavam
arrolados nas genealogias, mas não se acharam nelas; assim, por imundos, foram
excluídos do sacerdócio.
63 E o governador lhes disse que não comessem das
coisas consagradas, até que houvesse sacerdote com Urim e com Tumim.
64 Toda esta congregação junta foi de quarenta e dois
mil trezentos e sessenta,
65 Afora os seus servos e as suas servas, que foram
sete mil trezentos e trinta e sete; também tinha duzentos cantores e cantoras.
66 Os seus cavalos, setecentos e trinta e seis; os seus
mulos, duzentos e quarenta e cinco;
67 Os seus camelos, quatrocentos e trinta e cinco; os
jumentos, seis mil setecentos e vinte.
68 E alguns dos chefes dos pais, vindo à casa do
SENHOR, que habita em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a casa de Deus,
para a estabelecerem no seu lugar.
69 Conforme as suas posses, deram para o tesouro da
obra, em ouro, sessenta e uma mil dracmas, e em prata cinco mil libras, e cem
vestes sacerdotais.
70 E habitaram os sacerdotes e os levitas, e alguns do
povo, tanto os cantores, como os porteiros, e os netinins, nas suas cidades;
como também todo o Israel nas suas cidades.
ESDRAS Capítulo 3
1 Chegando, pois, o sétimo mês, e estando os filhos de
Israel já nas cidades, ajuntou-se o povo, como um só homem, em Jerusalém.
2 E levantou-se Jesuá, filho de Jozadaque, e seus
irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos, e
edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos,
como está escrito na lei de Moisés, o homem de Deus.
3 E firmaram o altar sobre as suas bases, porque o
terror estava sobre eles, por causa dos povos das terras; e ofereceram sobre
ele holocaustos ao SENHOR, holocaustos pela manhã e à tarde.
4 E celebraram a festa dos tabernáculos, como está
escrito; ofereceram holocaustos cada dia, por ordem, conforme ao rito, cada
coisa em seu dia.
5 E depois disto o holocausto contínuo, e os das luas
novas e de todas as solenidades consagradas ao SENHOR; como também de qualquer
que oferecia oferta voluntária ao SENHOR;
6 Desde o primeiro dia do sétimo mês começaram a
oferecer holocaustos ao SENHOR; porém ainda não estavam postos os fundamentos
do templo do SENHOR.
7 Deram, pois, o dinheiro aos pedreiros e carpinteiros,
como também comida e bebida, e azeite aos sidónios, e aos tírios, para trazerem
do Líbano madeira de cedro ao mar, para Jope, segundo a concessão que lhes
tinha feito Ciro, rei da Pérsia.
8 E no segundo ano da sua vinda à casa de Deus em
Jerusalém, no segundo mês, Zorobabel, filho de Sealtiel, e Jesuá, filho de
Jozadaque, e os outros seus irmãos, os sacerdotes e os levitas, e todos os que
vieram do cativeiro a Jerusalém, começaram a obra da casa do SENHOR, e
constituíram os levitas da idade de vinte anos para cima, para que a
dirigissem.
9 Então se levantou Jesuá, seus filhos, e seus irmãos,
Cadmiel e seus filhos, os filhos de Judá, como um só homem, para dirigirem os
que faziam a obra na casa de Deus, bem como os filhos de Henadade, seus filhos
e seus irmãos, os levitas.
10 Quando, pois, os edificadores lançaram os alicerces
do templo do SENHOR, então apresentaram-se os sacerdotes, já vestidos e com
trombetas, e os levitas, filhos de Asafe, com címbalos, para louvarem ao SENHOR
conforme à instituição de Davi, rei de Israel.
11 E cantavam juntos por grupo, louvando e rendendo
graças ao SENHOR, dizendo: porque é bom; porque a sua benignidade dura para
sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com altas vozes, quando louvaram ao
SENHOR, pela fundação da casa do SENHOR.
12 Porém muitos dos sacerdotes, e levitas e chefes dos
pais, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em altas vozes quando à
sua vista foram lançados os fundamentos desta casa; mas muitos levantaram as
vozes com júbilo e com alegria.
13 De maneira que não discernia o povo as vozes do
júbilo de alegria das vozes do choro do povo; porque o povo jubilava com tão
altas vozes, que o som se ouvia de muito longe.
ESDRAS Capítulo 4
1 Ouvindo, pois, os adversários de Judá e Benjamim que
os que voltaram do cativeiro edificavam o templo ao SENHOR Deus de Israel,
2 Chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais, e
disseram-lhes: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a
vosso Deus; como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da
Assíria, que nos fez subir aqui.
3 Porém Zorobabel, e Jesuá, e os outros chefes dos pais
de Israel lhes disseram: Não convém que nós e vós edifiquemos casa a nosso
Deus; mas nós sozinhos a edificaremos ao SENHOR Deus de Israel, como nos
ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.
4 Todavia o povo da terra debilitava as mãos do povo de
Judá, e inquietava-os no edificar.
5 E alugaram contra eles conselheiros, para frustrarem
o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei
da Pérsia.
6 No reinado de Assuero, no princípio do seu reinado,
escreveram uma acusação contra os habitantes de Judá e de Jerusalém.
7 E nos dias de Artaxerxes escreveram Bislão,
Mitredate, Tabeel, e os outros seus companheiros, a Artaxerxes, rei da Pérsia;
e a carta estava escrita em caracteres siríacos, e na língua siríaca.
8 Escreveram, pois, Reum, o chanceler, e Sinsai, o
escrivão, uma carta contra Jerusalém, ao rei Artaxerxes do teor seguinte:
9 Então escreveu Reum, o chanceler, e Sinsai, o
escrivão, e os outros seus companheiros, os dinaítas, afarsaquitas, tarpelitas,
afarsitas, arquevitas, babilónios, susanquitas, deavitas, elamitas,
10 E os outros povos, que o grande e afamado Asnapar
transportou, e que fez habitar na cidade de Samaria, e nas demais províncias
dalém do rio.
11 Este, pois, é o teor da carta que mandaram ao rei
Artaxerxes: Teus servos, os homens dalém do rio, em tal tempo.
12 Saiba o rei que os judeus, que subiram de ti, vieram
a nós em Jerusalém, e reedificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão
restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
13 Agora saiba o rei que, se aquela cidade se
reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os
tributos e os pedágios; e assim se danificará a fazenda dos reis.
14 Agora, pois, porquanto somos assalariados do
palácio, e não nos convém ver a desonra do rei, por isso mandamos avisar ao
rei,
15 Para que se busque no livro das crónicas de teus
pais. E acharás no livro das crónicas, e saberás que aquela foi uma cidade
rebelde, e danosa aos reis e províncias, e que nela houve rebelião em tempos
antigos; por isso foi aquela cidade destruída.
16 Nós, pois, fazemos notório ao rei que, se aquela
cidade se reedificar, e os seus muros se restaurarem, sucederá que não terás
porção alguma deste lado do rio.
17 E o rei enviou esta resposta a Reum, o chanceler, e
a Sinsai, o escrivão, e aos demais seus companheiros, que habitavam em Samaria;
como também aos demais que estavam dalém do rio: Paz! em tal tempo.
18 A carta que nos enviastes foi explicitamente lida
diante de mim.
19 E, ordenando-o eu, buscaram e acharam, que de tempos
antigos aquela cidade se levantou contra os reis, e nela se têm feito rebelião
e sedição.
20 Também houve reis poderosos sobre Jerusalém que
dalém do rio dominaram em todo o lugar, e se lhes pagaram direitos, tributos e
pedágios.
21 Agora, pois, dai ordem para impedirdes aqueles
homens, a fim de que não se edifique aquela cidade, até que eu dê uma ordem.
22 E guardai-vos de serdes remissos nisto; por que
cresceria o dano para prejuízo dos reis?
23 Então, depois que a cópia da carta do rei Artaxerxes
foi lida perante Reum, e Sinsai, o escrivão, e seus companheiros,
apressadamente foram eles a Jerusalém, aos judeus, e os impediram à força e com
violência.
24 Então cessou a obra da casa de Deus, que estava em
Jerusalém; e cessou até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia.
ESDRAS Capítulo 5
1 E os profetas Ageu e Zacarias, filho de Ido,
profetizaram aos judeus que estavam em Judá, e em Jerusalém; em nome do Deus de
Israel lhes profetizaram.
2 Então se levantaram Zorobabel, filho de Sealtiel, e
Jesuá, filho de Jozadaque, e começaram a edificar a casa de Deus, que está em
Jerusalém; e com eles os profetas de Deus, que os ajudavam.
3 Naquele tempo vieram a eles Tatenai, governador dalém
do rio, e Setar-Bozenai, e os seus companheiros, e disseram-lhes assim: Quem
vos deu ordem para reedificardes esta casa, e restaurardes este muro?
4 Disseram-lhes, mais: E quais são os nomes dos homens
que construíram este edifício?
5 Porém os olhos de Deus estavam sobre os anciãos dos
judeus, e não os impediram, até que o negócio chegasse a Dario, e viesse
resposta por carta sobre isso.
6 Cópia da carta que Tatenai, o governador dalém do rio,
com Setar-Bozenai e os seus com-panheiros, os afarsaquitas, que estavam dalém
do rio, enviaram ao rei Dario.
7 Enviaram-lhe uma carta, na qual estava escrito: Toda
a paz ao rei Dario.
8 Seja notório ao rei, que nós fomos à província de
Judá, à casa do grande Deus, a qual se edifica com grandes pedras, e a madeira
já está sendo posta nas paredes; e esta obra vai sendo feita com diligência, e
se adianta em suas mãos.
9 Então perguntamos aos anciãos, e assim lhes dissemos:
Quem vos deu ordem para reedificardes esta casa, e restaurardes este muro?
10 Além disso, lhes perguntamos também pelos seus
nomes, para tos declararmos; para que te pudéssemos escrever os nomes dos
homens que entre eles são os chefes.
11 E esta foi a resposta que nos deram: Nós somos
servos do Deus dos céus e da terra, e reedificamos a casa que há muitos anos
foi edificada; porque um grande rei de Israel a edificou e a terminou.
12 Mas depois que nossos pais provocaram à ira o Deus
dos céus, ele os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei de Babilónia, o
caldeu, o qual destruiu esta casa, e transportou o povo para Babilónia.
13 Porém, no primeiro ano de Ciro, rei de Babilónia, o
rei Ciro deu ordem para que esta casa de Deus se reedificasse.
14 E até os utensílios de ouro e prata, da casa de
Deus, que Nabucodonosor tomou do templo que estava em Jerusalém e os levou para
o templo de Babilónia, o rei Ciro os tirou do templo de Babilónia, e foram
dados a um homem cujo nome era Sesbazar, a quem nomeou governador.
15 E disse-lhe: Toma estes utensílios, vai e leva-os ao
templo que está em Jerusalém, e faze reedificar a casa de Deus, no seu lugar.
16 Então veio este Sesbazar, e pós os fundamentos da
casa de Deus, que está em Jerusalém e desde então para cá se está reedificando,
e ainda não está acabada.
17 Agora, pois, se parece bem ao rei, busque-se na casa
dos tesouros do rei, que está em Babilónia, se é verdade que se deu uma ordem
pelo rei Ciro para reedificar esta casa de Deus em Jerusalém; e sobre isto nos
faça saber a vontade do rei.
ESDRAS Capítulo 6
1 Então o rei Dario deu ordem, e buscaram nos
arqui-vos, onde se guardavam os tesouros em Babilónia.
2 E em Acmeta, no palácio, que está na província de
Média, se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial que dizia assim:
3 No primeiro ano do rei Ciro, este baixou o seguinte
decreto: A casa de Deus, em Jerusalém, se reedificará para lugar em que se
ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos serão firmes; a sua altura de sessenta
cóvados, e a sua largura de sessenta cóvados;
4 Com três carreiras de grandes pedras, e uma carreira
de madeira nova; e a despesa se fará da casa do rei.
5 Além disso, os utensílios de ouro e de prata da casa
de Deus, que Nabucodonosor transportou do templo que estava em Jerusalém, e
levou para Babilónia, serão restituídos, para que voltem ao seu lugar, ao
templo que está em Jerusalém, e serão postos na casa de Deus.
6 Agora, pois, Tatenai, governador dalém do rio,
Setar-Bozenai, e os seus companheiros, os afarsaquitas, que habitais dalém do
rio, apartai-vos dali.
7 Deixai que se faça a obra desta casa de Deus; que o
governador dos judeus e os seus anciãos reedifiquem esta casa de Deus no seu
lugar.
8 Também por mim se decreta o que haveis de fazer com
os anciãos dos judeus, para a reedificação desta casa de Deus, a saber: que da
fazenda do rei, dos tributos dalém do rio se pague prontamente a despesa a
estes homens, para que não interrompam a obra.
9 E o que for necessário, como bezerros, carneiros, e
cordeiros, para holocaustos ao Deus dos céus, trigo, sal, vinho e azeite,
segundo o rito dos sacerdotes que estão em Jerusalém, dê-se-lhes, de dia em
dia, para que não haja falta.
10 Para que ofereçam sacrifícios de cheiro suave ao
Deus dos céus, e orem pela vida do rei e de seus filhos.
11 Também por mim se decreta que todo o homem que mudar
este decreto, se arrancará um madeiro da sua casa, e, levantado, o pendurarão
nele, e da sua casa se fará por isso um monturo.
12 O Deus, pois, que fez habitar ali o seu nome derrube
a todos os reis e povos que estenderem a sua mão para mudar o decreto e para
destruir esta casa de Deus, que está em Jerusalém. Eu, Dario, baixei o decreto;
com diligência se faça.
13 Então Tatenai, o governador dalém do rio,
Setar-Bozenai e os seus companheiros, assim fizeram diligentemente, conforme ao
que decretara o rei Dario.
14 E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando
pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido. E edificaram e
terminaram a obra conforme ao mandado do Deus de Israel, e conforme ao decreto
de Ciro e Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.
15 E acabou-se esta casa no terceiro dia do mês de
Adar, no sexto ano do reinado do rei Dario.
16 E os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas, e
o restante dos filhos do cativeiro, fizeram a dedicação desta casa de Deus com
alegria.
17 E ofereceram para a dedicação desta casa de Deus cem
novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros, e doze cabritos por
expiação do pecado de todo o Israel; segundo o número das tribos de Israel.
18 E puseram os sacerdotes nas suas turmas e os levitas
nas suas divisões, para o ministério de Deus, em Jerusalém, conforme ao que
está escrito no livro de Moisés.
19 E os filhos do cativeiro celebraram a páscoa no dia
catorze do primeiro mês.
20 Porque os sacerdotes e levitas se purificaram como
se fossem um só homem, todos estavam limpos; e mataram o cordeiro da páscoa
para todos os filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si
mesmos.
21 Assim comeram a páscoa os filhos de Israel que tinham
voltado do cativeiro, com todos os que com eles se apartaram da imundícia dos
gentios da terra, para buscarem o SENHOR Deus de Israel;
22 E celebraram a festa dos pães ázimos por sete dias
com alegria; porque o SENHOR os tinha alegrado, e tinha mudado o coração do rei
da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da casa de Deus,
o Deus de Israel.
ESDRAS Capítulo 7
1 E passadas estas coisas no reinado de Artaxerxes, rei
da Pérsia, Esdras, filho de Seraías, filho de Azarias, filho de Hilquias,
2 Filho de Salum, filho de Zadoque, filho de Aitube,
3 Filho de Amarias, filho de Azarias, filho de
Meraiote,
4 Filho de Zeraquias, filho de Uzi, filho de Buqui,
5 Filho de Abisua, filho de Finéias, filho de Eleazar,
filho de Arão, o sumo sacerdote;
6 Este Esdras subiu de Babilónia; e era escriba hábil
na lei de Moisés, que o SENHOR Deus de Israel tinha dado; e, segundo a mão do
SENHOR seu Deus, que estava sobre ele, o rei lhe deu tudo quanto lhe pedira.
7 Também subiram a Jerusalém alguns dos filhos de
Israel, dos sacerdotes, dos levitas, dos cantores, dos porteiros e dos
servidores do templo, no sétimo ano do rei Artaxerxes.
8 E no quinto mês chegou a Jerusalém, no sétimo ano
deste rei.
9 Pois no primeiro dia do primeiro mês foi o princípio
da partida de Babilónia; e no primeiro dia do quinto mês chegou a Jerusalém,
segundo a boa mão do seu Deus sobre ele.
10 Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar
a lei do SENHOR e para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e
os seus juízos.
11 Esta é, pois, a cópia da carta que o rei Artaxerxes
deu ao sacerdote Esdras, o escriba das palavras dos mandamentos do SENHOR, e
dos seus estatutos sobre Israel:
12 Artaxerxes, rei dos reis, ao sacerdote Esdras,
escriba da lei do Deus do céu, paz perfeita, etc.
13 Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do
povo de Israel, e dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir contigo a
Jerusalém, vá.
14 Porquanto és enviado da parte do rei e dos seus sete
conselheiros para fazeres inquirição a respeito de Judá e de Jerusalém,
conforme à lei do teu Deus, que está na tua mão;
15 E para levares a prata e o ouro que o rei e os seus
conselheiros voluntariamente deram ao Deus de Israel, cuja habitação está em
Jerusalém;
16 E toda a prata e o ouro que achares em toda a
província de Babilónia, com as ofertas voluntárias do povo e dos sacerdotes,
que voluntariamente oferecerem, para a casa de seu Deus, que está em Jerusalém.
17 Portanto diligentemente comprarás com este dinheiro
novilhos, carneiros, cordeiros, com as suas ofertas de alimentos, e as suas
libações, e as oferecerás sobre o altar da casa de vosso Deus, que está em
Jerusalém.
18 Também o que a ti e a teus irmãos bem parecer
fazerdes do restante da prata e do ouro, o fareis conforme a vontade do vosso
Deus.
19 E os utensílios que te foram dados para o serviço da
casa de teu Deus, restitui-os perante o Deus de Jerusalém.
20 E tudo mais que for necessário para a casa de teu
Deus, que te convenha dar, dá-lo-ás da casa dos tesouros do rei.
21 E por mim mesmo, o rei Arta-xerxes, se decreta a
todos os tesoureiros que estão dalém do rio que tudo quanto vos pedir o
sacer-dote Esdras, escriba da lei do Deus dos céus, prontamente se faça.
22 Até cem talentos de prata, e até cem coros de trigo,
e até cem batos de vinho, e até cem batos de azeite; e sal à vontade.
23 Tudo quanto se ordenar, segundo o mandado do Deus do
céu, prontamente se faça para a casa do Deus dos céu; pois, para que haveria
grande ira sobre o reino do rei e de seus filhos?
24 Também vos fazemos saber acerca de todos os
sacerdotes e levitas, cantores, porteiros, servidores do templo e ministros
desta casa de Deus, que não será lícito impor-lhes, nem tributo, nem
contribuição, nem renda.
25 E tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que
possues, nomeia magistrados e juízes, que julguem a todo o povo que está dalém
do rio, a todos os que sabem as leis do teu Deus; e ao que não as sabe, lhe
ensinarás.
26 E todo aquele que não observar a lei do teu Deus e a
lei do rei, seja julgado prontamente; quer seja morte, quer desterro, quer
multa sobre os seus bens, quer prisão.
27 Bendito seja o SENHOR Deus de nossos pais, que tal
inspirou ao coração do rei, para ornar a casa do SENHOR, que está em Jerusalém.
28 E que estendeu para mim a sua benignidade perante o
rei e os seus conselheiros e todos os príncipes poderosos do rei. Assim me
animei, segundo a mão do SENHOR meu Deus sobre mim, e ajuntei dentre Israel
alguns chefes para subirem comigo.
ESDRAS Capítulo 8
1 Estes, pois, são os chefes das casas paternas e esta
a genealogia dos que subiram comigo de Babilónia no reinado do rei Artaxerxes:
2 Dos filhos de Finéias, Gérson; dos filhos de Itamar,
Daniel; dos filhos de Davi, Hatus;
3 Dos filhos de Secanias, e dos filhos de Parós,
Zacarias, e com ele, segundo a genealogia, se contaram até cento e cinqüenta
homens.
4 Dos filhos de Paate-Moabe, Elioenai, filho de
Zacarias, e com ele duzentos homens.
5 Dos filhos de Secanias, o filho de Jeaziel, e com ele
trezentos homens.
6 E dos filhos de Adim, Ebede, filho de Jónatas, e com
ele cinqüenta homens.
7 E dos filhos de Elão, Jesaías, filho de Atalias, e
com ele setenta homens.
8 E dos filhos de Sefatias, Zebadias, filho de Micael,
e com ele oitenta homens.
9 Dos filhos de Joabe, Obadias, filho de Jeiel, e com
ele duzentos e dezoito homens.
10 E dos filhos de Selomite, o filho de Josifias, e com
ele cento e sessenta homens.
11 E dos filhos de Bebai, Zacarias, o filho de Bebai, e
com ele vinte e oito homens.
12 E dos filhos de Azgade, Joanã, o filho de Hacatã, e
com ele cento e dez homens.
13 E dos últimos filhos de Adonicão, cujos nomes eram
estes: Elifelete, Jeiel e Semaías, e com eles sessenta homens.
14 E dos filhos de Bigvai, Utai e Zabude, e com eles
setenta homens.
15 E ajuntei-os perto do rio que vai a Aava, e ficamos
ali acampados três dias. Então atentei para o povo e para os sacerdotes, e não
achei ali nenhum dos filhos de Levi.
16 Enviei, pois, Eliezer, Ariel, Semaías, Elnatã,
Jaribe, Elnatã, Natã, Zacarias e Mesulão, os chefes; como também a Joiaribe, e
a Elnatã, que eram entendidos.
17 E enviei-os com mandado a Ido, chefe em Casifia; e
falei a eles o que deveriam dizer a Ido e aos seus irmãos, servidores do
templo, em Casifia, que nos trouxessem ministros para a casa do nosso Deus.
18 E trouxeram-nos, segundo a boa mão de Deus sobre
nós, um homem entendido, dos filhos de Mali, filho de Levi, filho de Israel, a
saber: Serebias, com os seus filhos e irmãos, dezoito;
19 E a Hasabias, e com ele Jesaías, dos filhos de
Merari, com seus irmãos e os filhos deles, vinte;
20 E dos servidores do templo que Davi e os príncipes
deram para o ministério dos levitas, duzentos e vinte servidores do templo; que
foram todos mencionados por seus nomes.
21 Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para
nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho seguro
para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens.
22 Porque tive vergonha de pedir ao rei, exército e
cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho; porquanto tínhamos
falado ao rei, dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para
o bem deles; mas o seu poder e a sua ira contra todos os que o deixam.
23 Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e
moveu-se pelas nossas orações.
24 Então separei doze dos chefes dos sacerdotes:
Serebias, Hasabias, e com eles dez dos seus irmãos.
25 E pesei-lhes a prata, o ouro e os vasos; que eram a
oferta para a casa de nosso Deus, que ofereceram o rei, os seus conselheiros,
os seus príncipes e todo o Israel que ali se achou.
26 E pesei em suas mãos seiscentos e cinqüenta talentos
de prata, e em vasos de prata cem talentos, e cem talentos de ouro,
27 E vinte bacias de ouro, de mil dracmas, e dois vasos
de bom metal lustroso, tão precioso como ouro.
28 E disse-lhes: Vós sois santos ao SENHOR, e são
santos estes utensílios, como também esta prata e este ouro, oferta voluntária,
oferecida ao SENHOR Deus de vossos pais.
29 Vigiai, pois, e guardai-os até que os peseis na
presença dos chefes dos sacerdotes e dos levitas, e dos chefes dos pais de
Israel, em Jerusalém, nas cámaras da casa do SENHOR.
30 Então os sacerdotes e os levitas receberam o peso da
prata, do ouro e dos utensílios, para os trazerem a Jerusalém, à casa de nosso
Deus.
31 E partimos do rio Aava, no dia doze do primeiro mês,
para irmos a Jerusalém; e a mão do nosso Deus estava sobre nós, e livrou-nos da
mão dos inimigos, e dos que nos armavam ciladas pelo caminho.
32 E chegamos a Jerusalém, e repousamos ali três dias.
33 E no quarto dia se pesou a prata, o ouro e os
utensílios, na casa do nosso Deus, por mão de Meremote, filho do sacerdote
Urias; e com ele Eleazar, filho de Finéias, e com eles Jozabade, filho de
Jesuá, e Noadias, filho de Binui, levitas.
34 Tudo foi contado e pesado; e todo o peso foi
registrado na mesma ocasião.
35 E os exilados, que vieram do cativeiro, ofereceram
holocaustos ao Deus de Israel, doze novilhos por todo o Israel, noventa e seis
carneiros, setenta e sete cordeiros, e doze bodes em sacrifício pelo pecado;
tudo em holocausto ao SENHOR.
36 Então deram as ordens do rei aos seus sátrapas, e
aos governadores dalém do rio; e estes ajudaram o povo e a casa de Deus.
ESDRAS Capítulo 9
1 Acabadas, pois, estas coisas, chegaram-se a mim os
príncipes, dizendo: O povo de Israel, os sacerdotes e os levitas, não se têm
separado dos povos destas terras, seguindo as abominações dos cananeus, dos
heteus, dos perizeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios, e
dos amorreus.
2 Porque tomaram das suas filhas para si e para seus
filhos, e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas terras; e até
os príncipes e magistrados foram os primeiros nesta transgressão.
3 E, ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes e o
meu manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça e da minha barba, e sentei-me
atónito.
4 Então se ajuntaram a mim todos os que tremiam das
palavras do Deus de Israel por causa da transgressão dos do cativeiro; porém eu
permaneci sentado atónito até ao sacrifício da tarde.
5 E perto do sacrifício da tarde me levantei da minha
aflição, havendo já rasgado as minhas vestes e o meu manto, e me pus de
joelhos, e estendi as minhas mãos para o SENHOR meu Deus;
6 E disse: Meu Deus! Estou confuso e envergonhado, para
levantar a ti a minha face, meu Deus; porque as nossas iniqüidades se
multiplicaram sobre a nossa cabeça, e a nossa culpa tem crescido até aos céus.
7 Desde os dias de nossos pais até ao dia de hoje
estamos em grande culpa, e por causa das nossas iniqüidades somos entregues,
nós e nossos reis e os nossos sacerdotes, na mão dos reis das terras, à espada,
ao cativeiro, e ao roubo, e à confusão do rosto, como hoje se vê.
8 E agora, por um pequeno momento, se manifestou a
graça da parte do SENHOR, nosso Deus, para nos deixar alguns que escapem, e
para dar-nos uma estaca no seu santo lugar; para nos iluminar os olhos, ó Deus
nosso, e para nos dar um pouco de vida na nossa servidão.
9 Porque somos servos; porém na nossa servidão não nos
desamparou o nosso Deus; antes estendeu sobre nós a sua benignidade perante os
reis da Pérsia, para que nos desse vida, para levantarmos a casa do nosso Deus,
e para restaurarmos as suas assolações; e para que nos desse uma parede de
proteção em Judá e em Jerusalém.
10 Agora, pois, ó nosso Deus, que diremos depois disto?
Pois deixamos os teus mandamentos,
11 Os quais mandaste pelo ministério de teus servos, os
profetas, dizendo: A terra em que entrais para a possuir, terra imunda é pelas
imundícias dos povos das terras, pelas suas abominações com que, na sua
corrupção a encheram, de uma extremidade à outra.
12 Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos,
e suas filhas não tomareis para vossos filhos, e nunca procurareis a sua paz e
o seu bem; para que sejais fortes, e comais o bem da terra, e a deixeis por
herança a vossos filhos para sempre.
13 E depois de tudo o que nos tem sucedido por causa
das nossas más obras, e da nossa grande culpa, porquanto tu, ó nosso Deus,
impediste que fóssemos destruídos, por causa da nossa iniqüidade, e ainda nos
deste um remanescente como este.
14 Tornaremos, pois, agora a violar os teus mandamentos
e a aparentar-nos com os povos destas abominações? Não te indignarias tu assim
contra nós até de todo nos consumir, até que não ficasse remanescente nem quem
escapasse?
15 Ah! SENHOR Deus de Israel, justo és, pois ficamos
qual um remanescente que escapou, como hoje se vê; eis que estamos diante de
ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua presença, por
causa disto.
ESDRAS Capítulo 10
1 E enquanto Esdras orava, e fazia confissão, chorando
e prostrando-se diante da casa de Deus, ajuntou-se a ele, de Israel, uma grande
congregação, de homens, mulheres e crianças; pois o povo chorava com grande
choro.
2 Então Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de
Elão, tomou a palavra e disse a Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso
Deus, e casamos com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no
tocante a isto, ainda há esperança para Israel.
3 Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus de que
despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao
conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus; e faça-se
conforme a lei.
4 Levanta-te, pois, porque te pertence este negócio, e
nós seremos contigo; esforça-te, e age.
5 Então Esdras se levantou, e ajuramentou os chefes dos
sacerdotes e dos levitas, e a todo o Israel, de que fariam conforme a esta
palavra; e eles juraram.
6 E Esdras se levantou de diante da casa de Deus, e
entrou na cámara de Joanã, filho de Eliasibe; e, chegando lá, não comeu pão, e
nem bebeu água; porque lamentava pela transgressão dos do cativeiro.
7 E fizeram passar pregão por Judá e Jerusalém, a todos
os que vieram do cativeiro, para que se ajuntassem em Jerusalém.
8 E que todo aquele que em três dias não viesse,
segundo o conselho dos príncipes e dos anciãos, toda a sua fazenda se poria em
interdito, e ele seria separado da congregação dos do cativeiro.
9 Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias
se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo
se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das
grandes chuvas.
10 Então se levantou Esdras, o sacerdote, e disse-lhes:
Vós tendes transgredido, e casastes com mulheres estrangeiras, aumentando a
culpa de Israel.
11 Agora, pois, fazei confissão ao SENHOR Deus de
vossos pais, e fazei a sua vontade; e apartai-vos dos povos das terras, e das
mulheres estrangeiras.
12 E respondeu toda a congregação, e disse em altas
vozes: Assim seja, conforme às tuas palavras nos convém fazer.
13 Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes
chuvas, e não se pode estar aqui fora; nem é obra de um dia nem de dois, porque
somos muitos os que transgredimos neste negócio.
14 Ora, ponham-se os nossos líderes, por toda a
congregação sobre este negócio; e todos os que em nossas cidades casaram com
mulheres estrangeiras venham em tempos apontados, e com eles os anciãos de cada
cidade, e os seus juízes, até que desviemos de nós o ardor da ira do nosso
Deus, por esta causa.
15 Porém, somente Jónatas, filho de Asael, e Jaseías,
filho de Ticva, se opuseram a isto; e Mesulão, e Sabetai, levita, os ajudaram.
16 E assim o fizeram os que voltaram do cativeiro; e o
sacerdote Esdras e os homens, chefes dos pais, segundo a casa de seus pais, e
todos pelos seus nomes, foram apontados; e assentaram-se no primeiro dia do
décimo mês, para inquirirem neste negócio.
17 E no primeiro dia do primeiro mês acabaram de tratar
com todos os homens que casaram com mulheres estrangeiras.
18 E acharam-se dos filhos dos sacerdotes que casaram
com mulheres estrangeiras: Dos filhos de Jesuá, filho de Jozadaque, e seus
irmãos, Maaséias, e Eliezer, e Jaribe, e Gedalias.
19 E deram as suas mãos prometendo que despediriam suas
mulheres; e, achando-se culpados, ofereceram um carneiro do rebanho pelo seu
delito.
20 E dos filhos de Imer: Hanani e Zebadias.
21 E dos filhos de Harim: Maaséias, Elias, Semaías,
Jeiel e Uzias.
22 E dos filhos de Pasur: Elioenai, Maaséias, Ismael,
Netanel, Jozabade e Eleasa.
23 E dos levitas: Jozabade, Simei, Quelaías (este é
Quelita), Petaías, Judá e Eliezer.
24 E dos cantores: Eliasibe; e dos porteiros: Salum,
Telém e Uri.
25 E de Israel, dos filhos de Parós: Ramias, Jezias,
Malquias, Miamim, Eleazar, Malquias e Benaia.
26 E dos filhos de Elão: Matanias, Zacarias, Jeiel,
Abdi, Jeremote e Elias.
27 E dos filhos de Zatu: Elioenai, Eliasibe, Matanias,
Jeremote, Zabade e Aziza.
28 E dos filhos de Bebai: Joanã, Hananias, Zabai e
Atlai.
29 E dos filhos de Bani: Mesulão, Maluque, Adaías,
Jasube, Seal, Jeremote.
30 E dos filhos de Paate-Moabe: Adna, Quelal, Benaia,
Maséias, Matanias, Bezalel, Binui e Manassés.
31 E dos filhos de Harim: Eliezer, Josias, Malquias,
Semaías, Simeão,
32 Benjamim, Maluque, Semarias.
33 Dos filhos de Hasum: Matenai, Matatá, Zabade,
Elifelete, Jeremai, Manassés e Simei.
34 Dos filhos de Bani: Maadai, Anrão, Uel,
35 Benaia, Bedias, Queluí,
36 Vanias, Meremote, Eliasibe,
37 Matanias, Matnai e Jaasai,
38 E Bani, Binui, Simei,
39 E Selemias, Natã e Adaías,
40 Macnadbai, Sasai, Sarai,
41 Azareel, Selemias, Semarias,
42 Salum, Amarias e José.
43 Dos filhos de Nebo: Jeiel, Matitias, Zabade, Zebina,
Jadai, Joel e Benaia.
44 Todos estes tomaram mulheres estrangeiras; e alguns
deles tinham mulheres de quem tiveram filhos.
LIVRO DE NEEMIAS
NEEMIAS Capítulo 1
1 As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu
no mês de Quislev, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza,
2 Que veio Hanani, um de meus irmãos, ele e alguns de
Judá; e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro,
e acerca de Jerusalém.
3 E disseram-me: Os restantes, que ficaram do
cativeiro, lá na província estão em grande miséria e desprezo; e o muro de
Jerusalém fendido e as suas portas queimadas a fogo.
4 E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me
e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus
dos céus.
5 E disse: Ah! SENHOR Deus dos céus, Deus grande e terrível!
Que guarda a aliança e a benignidade para com aqueles que o amam e guardam os
seus mandamentos;
6 Estejam, pois, atentos os teus ouvidos e os teus
olhos abertos, para ouvires a oração do teu servo, que eu hoje faço perante ti,
dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos
pecados dos filhos de Israel, que temos cometido contra ti; também eu e a casa
de meu pai temos pecado.
7 De todo nos corrompemos contra ti, e não guardamos os
mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos, que ordenaste a Moisés, teu
servo.
8 Lembra-te, pois, da palavra que ordenaste a Moisés,
teu servo, dizendo: Vós transgredireis, e eu vos espalharei entre os povos.
9 E vós vos convertereis a mim, e guardareis os meus
mandamentos, e os cumprireis; então, ainda que os vossos rejeitados estejam na
extremidade do céu, de lá os ajuntarei e os trarei ao lugar que tenho escolhido
para ali fazer habitar o meu nome.
10 Eles são teus servos e o teu povo que resgataste com
a tua grande força e com a tua forte mão.
11 Ah! Senhor, estejam, pois, atentos os teus ouvidos à
oração do teu servo, e à oração dos teus servos que desejam temer o teu nome; e
faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. Então era
eu copeiro do rei.
NEEMIAS Capítulo 2
1 Sucedeu, pois, no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei
Artaxerxes, que estava posto vinho diante dele, e eu peguei o vinho e o dei ao
rei; porém eu nunca estivera triste diante dele.
2 E o rei me disse: Por que está triste o teu rosto,
pois não estás doente? Não é isto senão tristeza de coração; então temi
sobremaneira.
3 E disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não
estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus
pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?
4 E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao
Deus dos céus,
5 E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu
servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos
sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique.
6 Então o rei me disse, estando a rainha assentada
junto a ele: Quanto durará a tua viagem, e quando voltarás? E aprouve ao rei
enviar-me, apontando-lhe eu um certo tempo.
7 Disse mais ao rei: Se ao rei parece bem, dêem-se-me
cartas para os governadores dalém do rio, para que me permitam passar até que
chegue a Judá.
8 Como também uma carta para Asafe, guarda da floresta
do rei, para que me dê madeira para cobrir as portas do paço da casa, para o
muro da cidade e para a casa em que eu houver de entrar. E o rei mas deu,
segundo a boa mão de Deus sobre mim.
9 Então fui aos governadores dalém do rio, e dei-lhes
as cartas do rei; e o rei tinha enviado comigo capitães do exército e
cavaleiros.
10 O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o
servo amonita, lhes desagradou extremamente que alguém viesse a procurar o bem
dos filhos de Israel.
11 E cheguei a Jerusalém, e estive ali três dias.
12 E de noite me levantei, eu e poucos homens comigo, e
não declarei a ninguém o que o meu Deus me pós no coração para fazer em
Jerusalém; e não havia comigo animal algum, senão aquele em que estava montado.
13 E de noite saí pela porta do vale, e para o lado da
fonte do dragão, e para a porta do monturo, e contemplei os muros de Jerusalém,
que estavam fendidos, e as suas portas, que tinham sido consumidas pelo fogo.
14 E passei à porta da fonte, e ao tanque do rei; e não
havia lugar por onde pudesse passar o animal em que estava montado.
15 Ainda, de noite subi pelo ribeiro e contemplei o
muro; e, virando entrei pela porta do vale; assim voltei.
16 E não souberam os magistrados aonde eu fora nem o
que eu fazia; porque ainda nem aos judeus, nem aos sacerdotes, nem aos nobres,
nem aos magistrados, nem aos mais que faziam a obra, até então tinha declarado
coisa alguma.
17 Então lhes disse: Bem vedes vós a miséria em que
estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas têm sido queimadas a
fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não sejamos mais um
opróbrio.
18 Então lhes declarei como a mão do meu Deus me fora
favorável, como também as palavras do rei, que ele me tinha dito; então
disseram: Levantemo-nos, e edifiquemos. E esforçaram as suas mãos para o bem.
19 O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o
servo amonita, e Gesém, o árabe, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e
disseram: Que é isto que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?
20 Então lhes respondi, e disse: O Deus dos céus é o
que nos fará prosperar: e nós, seus servos, nos levantaremos e edificaremos;
mas vós não tendes parte, nem justiça, nem memória em Jerusalém.
NEEMIAS Capítulo 3
1 E levantou-se Eliasibe, o sumo sacerdote, com os seus
irmãos, os sacerdotes, e reedifi-caram a porta das ovelhas, a qual consagraram;
e levantaram as suas portas, e até à torre de Meá con-sagraram, e até à torre
de Hananel.
2 E junto a ele edificaram os homens de Jericó; também
ao seu lado edificou Zacur, filho de Imri.
3 E a porta do peixe edificaram os filhos de Hassenaá;
a qual emadeiraram, e levantaram as suas portas com as suas fechaduras e os
seus ferrolhos.
4 E ao seu lado reparou Meremote, filho de Urias, o
filho de Coz; e ao seu lado reparou Mesulão, filho de Berequias, o filho de
Mesezabeel; e ao seu lado reparou Zadoque, filho de Baana.
5 E ao seu lado repararam os tecoítas; porém os seus
nobres não submeteram a cerviz ao serviço de seu senhor.
6 E a porta velha repararam-na Joiada, filho de Paséia,
e Mesulão, filho de Besodias; estes a emadeiraram, e levantaram as suas portas
com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
7 E ao seu lado repararam Melatias, o gibeonita, e
Jadom, meronotita, homens de Gibeom e Mizpá, que pertenciam ao domínio do
governador dalém do rio.
8 Ao seu lado reparou Uziel, filho de Haraías, um dos
ourives; e ao seu lado reparou Hananias, filho de um dos boticários; e
fortificaram a Jerusalém até ao muro largo.
9 E ao seu lado reparou Refaías, filho de Hur, líder da
metade de Jerusalém.
10 E ao seu lado reparou Jedaías, filho de Harumafe, e
defronte de sua casa e ao seu lado reparou Hatus, filho de Hasabnéias.
11 A outra porção reparou Malquias, filho de Harim, e
Hasube, filho de Paate-Moabe; como também a torre dos fornos.
12 E ao seu lado reparou Sallum, filho de Haloés, líder
da outra meia parte de Jerusalém, ele e suas filhas.
13 A porta do vale reparou-a Hanum e os moradores de
Zanoa; estes a edificaram, e lhe levantaram as portas com as suas fechaduras e
os seus ferrolhos, como também mil cóvados do muro, até a porta do monturo.
14 E a porta do monturo reparou-a Malquias, filho de
Recabe, líder do distrito de Bete-Haquerem; este a edificou, e lhe levantou as
portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos.
15 E a porta da fonte reparou-a Salum, filho de
Col-Hosé, líder do distrito de Mizpá; este a edificou, e a cobriu, e lhe
levantou as portas com as suas fechaduras e os seus ferrolhos, como também o
muro do tanque de Hasselá, ao pé do jardim do rei, e até aos degraus que descem
da cidade de Davi.
16 Depois dele edificou Neemias, filho de Azbuque,
líder da metade de Bete-Zur, até defronte dos sepulcros de Davi, até ao tanque
artificial e até à casa dos valentes.
17 Depois dele repararam os levitas, Reum, filho de
Bani; ao seu lado reparou Hasabias, líder da metade de Queila, no seu distrito.
18 Depois dele repararam seus irmãos, Bavai, filho de
Henadade, líder da outra meia parte de Queila.
19 Ao seu lado reparou Ezer, filho de Jesuá, líder de
Mizpá, outra porção, defronte da subida à casa das armas, à esquina.
20 Depois dele reparou com grande ardor Baruque, filho
de Zabai, outra medida, desde a esquina até à porta da casa de Eliasibe, o sumo
sacerdote.
21 Depois dele reparou Meremote, filho de Urias, o
filho de Coz, outra porção, desde a porta da casa de Eliasibe, até à
extremidade da casa de Eliasibe.
22 E depois dele repararam os sacerdotes que habitavam
na campina.
23 Depois reparou Benjamim e Hasube, defronte da sua
casa; depois dele reparou Azarias, filho de Maaséias, o filho de Ananias, junto
à sua casa.
24 Depois dele reparou Binui, filho de Henadade, outra
porção, desde a casa de Azarias até à esquina, e até ao canto.
25 Palal, filho de Uzai, reparou defronte da esquina, e
a torre que sai da casa real superior, que está junto ao pátio da prisão;
depois dele Pedaías, filho de Parós.
26 E os servidores do templo que habitavam em Ofel, até
defronte da porta das águas, para o oriente, e até à torre alta.
27 Depois repararam os tecoítas outra porção, defronte
da torre grande e alta, e até ao muro de Ofel.
28 Desde acima da porta dos cavalos repararam os
sacerdotes, cada um defronte da sua casa.
29 Depois deles reparou Zadoque, filho de Imer,
defronte da sua casa; e depois dele reparou Semaías, filho de Secanias, guarda
da porta oriental.
30 Depois dele reparou Hananias, filho de Selemias, e
Hanum, filho de Zalafe, o sexto, outra porção; depois dele reparou Mesulão,
filho de Berequias, defronte da sua cámara.
31 Depois dele reparou Malquias, filho de um ourives, até
à casa dos servidores do templo e mercadores, defronte da porta de Mifcade, e
até à cámara do canto.
32 E entre a cámara do canto e a porta das ovelhas,
repararam os ourives e os mercadores.
NEEMIAS Capítulo 4
1 E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o
muro, ardeu em ira, e se indignou muito; e escarneceu dos judeus.
2 E falou na presença de seus irmãos, e do exército de
Samaria, e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isto? Sacrificarão?
Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram
queimadas?
3 E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda
que edifiquem, contudo, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de
pedra.
4 Ouve, ó nosso Deus, que somos tão desprezados, e
torna o seu opróbrio sobre a sua cabeça, e dá-los por presa, na terra do
cativeiro.
5 E não cubras a sua iniqüidade, e não se risque de
diante de ti o seu pecado, pois que te irritaram na presença dos edificadores.
6 Porém edificamos o muro, e todo o muro se fechou até
sua metade; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar.
7 E sucedeu que, ouvindo Sambalate e Tobias, e os
árabes, os amonitas, e os asdoditas, que tanto ia crescendo a reparação dos
muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se
sobremodo,
8 E ligaram-se entre si todos, para virem guerrear
contra Jerusalém, e para os desviarem do seu intento.
9 Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda
contra eles, de dia e de noite, por causa deles.
10 Então disse Judá: Já desfaleceram as forças dos
carregadores, e o pó é muito, e nós não poderemos edificar o muro.
11 Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão
disto, nem verão, até que entremos no meio deles, e os matemos; assim faremos
cessar a obra.
12 E sucedeu que, vindo os judeus que habitavam entre
eles, dez vezes nos disseram: De todos os lugares, tornarão contra nós.
13 Então pus guardas nos lugares baixos por detrás do
muro e nos altos; e pus ao povo pelas suas famílias com as suas espadas, com as
suas lanças, e com os seus arcos.
14 E olhei, e levantei-me, e disse aos nobres, aos
magistrados, e ao restante do povo: Não os temais; lembrai-vos do grande e
terrível Senhor, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas mulheres
e vossas casas.
15 E sucedeu que, ouvindo os nossos inimigos que já o
sabíamos, e que Deus tinha dissipado o conselho deles, todos voltamos ao muro,
cada um à sua obra.
16 E sucedeu que, desde aquele dia, metade dos meus
servos trabalhava na obra, e metade deles tinha as lanças, os escudos, os arcos
e as couraças; e os líderes estavam por detrás de toda a casa de Judá.
17 Os que edificavam o muro, os que traziam as cargas e
os que carregavam, cada um com uma das mãos fazia a obra e na outra tinha as
armas.
18 E os edificadores cada um trazia a sua espada
cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto
comigo.
19 E disse eu aos nobres, aos magistrados e ao restante
do povo: Grande e extensa é a obra, e nós estamos apartados do muro, longe uns
dos outros.
20 No lugar onde ouvirdes o som da buzina, ali vos
ajuntareis conosco; o nosso Deus pelejará por nós.
21 Assim trabalhávamos na obra; e metade deles tinha as
lanças desde a subida da alva até ao sair das estrelas.
22 Também naquele tempo disse ao povo: Cada um com o
seu servo fique em Jerusalém, para que à noite nos sirvam de guarda, e de dia
na obra.
23 E nem eu, nem meus irmãos, nem meus servos, nem os
homens da guarda que me seguiam largávamos as nossas vestes; cada um tinha suas
armas e água.
NEEMIAS Capítulo 5
1 Foi, porém, grande o clamor do povo e de suas
mulheres, contra os judeus, seus irmãos.
2 Porque havia quem dizia: Nós, nossos filhos e nossas
filhas, somos muitos; então tomemos trigo, para que comamos e vivamos.
3 Também havia quem dizia: As nossas terras, as nossas
vinhas e as nossas casas empenhamos, para tomarmos trigo nesta fome.
4 Também havia quem dizia: Tomamos emprestado dinheiro
até para o tributo do rei, sobre as nossas terras e as nossas vinhas.
5 Agora, pois, a nossa carne é como a carne de nossos
irmãos, e nossos filhos como seus filhos; e eis que sujeitamos nossos filhos e nossas
filhas para serem servos; e até algumas de nossas filhas são tão sujeitas, que
já não estão no poder de nossas mãos; e outros têm as nossas terras e as nossas
vinhas.
6 Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras,
muito me indignei.
7 E considerei comigo mesmo no meu coração; depois
pelejei com os nobres e com os magistrados, e disse-lhes: Sois usurários cada
um para com seu irmão. E convoquei contra eles uma grande assembléia.
8 E disse-lhes: Nós resgatamos os judeus, nossos
irmãos, que foram vendidos às nações, segundo nossas posses; e vós outra vez
venderíeis a vossos irmãos, ou vender-se-iam a nós? Então se calaram, e não
acharam que responder.
9 Disse mais: Não é bom o que fazeis; porventura não
andaríeis no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio das nações, os nossos
inimigos?
10 Também eu, meus irmãos e meus servos, a juros lhes
temos emprestado dinheiro e trigo. Deixemos este ganho.
11 Restituí-lhes hoje, vos peço, as suas terras, as
suas vinhas, os seus olivais e as suas casas; como também a centésima parte do
dinheiro, do trigo, do mosto e do azeite, que vós exigis deles.
12 Então disseram: Restituir-lhes-emos, e nada
procuraremos deles; faremos assim como dizes. Então chamei os sacerdotes, e os
fiz jurar que fariam conforme a esta palavra.
13 Também sacudi as minhas vestes, e disse: Assim
sacuda Deus todo o homem da sua casa e do seu trabalho que não confirmar esta
palavra, e assim seja sacudido e vazio. E toda a congregação disse: Amém! E
louvaram ao SENHOR; e o povo fez conforme a esta palavra.
14 Também desde o dia em que me mandou que eu fosse seu
governador na terra de Judá, desde o ano vinte, até ao ano trinta e dois do rei
Artaxerxes, doze anos, nem eu nem meus irmãos comemos o pão do governador.
15 Mas os primeiros governadores, que foram antes de
mim, oprimiram o povo, e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta siclos
de prata, como também os seus servos dominavam sobre o povo; porém eu assim não
fiz, por causa do temor de Deus.
16 Como também na obra deste muro fiz reparação, e
terra nenhuma compramos; e todos os meus servos se ajuntaram ali à obra.
17 Também dos judeus e dos magistrados, cento e
cinqüenta homens, e os que vinham a nós dentre as nações que estão ao redor de
nós, se punham a minha mesa.
18 E o que se preparava para cada dia era um boi e seis
ovelhas escolhidas; também aves se me preparavam e, de dez em dez dias, muito
vinho de todas as espécies; e nem por isso exigi o pão do governador, porquanto
a servidão deste povo era grande.
19 Lembra-te de mim para bem, ó meu Deus, e de tudo
quanto fiz a este povo.
NEEMIAS Capítulo 6
1 Sucedeu que, ouvindo Sambalate, Tobias, Gesem, o
árabe, e o resto dos nossos inimigos, que eu tinha edificado o muro, e que nele
já não havia brecha alguma, ainda que até este tempo não tinha posto as portas
nos portais,
2 Sambalate e Gesem mandaram dizer-me: Vem, e
congreguemo-nos juntamente nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam
fazer-me mal.
3 E enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande
obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto eu a
deixasse, e fosse ter convosco?
4 E do mesmo modo enviaram a mim quatro vezes; e da
mesma forma lhes respondi.
5 Então Sambalate ainda pela quinta vez me enviou seu
servo com uma carta aberta na sua mão;
6 E na qual estava escrito: Entre os gentios se ouviu,
e Gesem diz: Tu e os judeus intentais rebelar-vos, então edificas o muro; e tu
te farás rei deles segundo estas palavras;
7 E que puseste profetas, para pregarem de ti em
Jerusalém, dizendo: Este é rei em Judá; de modo que o rei o ouvirá, segundo
estas palavras; vem, pois, agora, e consultemos juntamente.
8 Porém eu mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes coisa
nenhuma sucedeu; mas tu, do teu coração, o inventas.
9 Porque todos eles procuravam atemorizar-nos, dizendo:
As suas mãos largarão a obra, e não se efetuará. Agora, pois, ó Deus, fortalece
as minhas mãos.
10 E, entrando eu em casa de Semaías, filho de Delaías,
o filho de Meetabel (que estava encerrado), disse ele: Vamos juntamente à casa
de Deus, ao meio do templo, e fechemos as portas do templo; porque virão
matar-te; sim, de noite virão matar-te.
11 Porém eu disse: Um homem como eu fugiria? E quem há,
como eu, que entre no templo para que viva? De maneira nenhuma entrarei.
12 E percebi que não era Deus quem o enviara; mas esta
profecia falou contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o subornaram.
13 Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para
que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma causa para me infamarem,
e assim me vituperarem.
14 Lembra-te, meu Deus, de Tobias e de Sambalate,
conforme a estas suas obras, e também da profetisa Noadia, e dos mais profetas
que procuraram atemorizar-me.
15 Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de
Elul; em cinqüenta e dois dias.
16 E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos,
todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus
próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra.
17 Também naqueles dias alguns nobres de Judá
escreveram muitas cartas que iam para Tobias; e as cartas de Tobias vinham para
eles.
18 Porque muitos em Judá lhe eram ajuramentados, porque
era genro de Secanias filho de Ará; e seu filho Joanã se casara com a filha de
Mesulão, filho de Berequias.
19 Também as suas boas ações contavam perante mim, e as
minhas palavras transmitiam a ele; portanto Tobias escrevia cartas para me
atemorizar.
NEEMIAS Capítulo 7
1 Sucedeu que, depois que o muro foi edificado, eu
levantei as portas; e foram estabelecidos os porteiros, os cantores e os
levitas.
2 Eu nomeei a Hanani, meu irmão, e a Hananias, líder da
fortaleza, em Jerusalém; porque ele era homem fiel e temente a Deus, mais do
que muitos.
3 E disse-lhes: Não se abram as portas de Jerusalém até
que o sol aqueça, e enquanto os que assistirem ali permanecerem, fechem as
portas, e vós trancai-as; e ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém, cada
um na sua guarda, e cada um diante da sua casa.
4 E era a cidade larga de espaço, e grande, porém pouco
povo havia dentro dela; e ainda as casas não estavam edificadas.
5 Então o meu Deus me pós no coração que ajuntasse os
nobres, os magistrados e o povo, para registrar as genealogias; e achei o livro
da genealogia dos que subiram primeiro e nele estava escrito o seguinte:
6 Estes são os filhos da província, que subiram do
cativeiro dos exilados, que transportara Nabucodonosor, rei de Babilónia; e
voltaram para Jerusalém e para Judá, cada um para a sua cidade.
7 Os quais vieram com Zorobabel, Jesuá, Neemias,
Azarias, Raamias, Naamani, Mordecai, Bilsã, Misperete, Bigvai, Neum, e Baana;
este é o número dos homens do povo de Israel.
8 Foram os filhos de Parós, dois mil, cento e setenta e
dois.
9 Os filhos de Sefatias, trezentos e setenta e dois.
10 Os filhos de Ará, seiscentos e cinqüenta e dois.
11 Os filhos de Paate-Moabe, dos filhos de Jesuá e de
Joabe, dois mil, oitocentos e dezoito.
12 Os filhos de Elão, mil, duzen-tos e cinqüenta e
quatro.
13 Os filhos de Zatu, oitocentos e quarenta e cinco.
14 Os filhos de Zacai, setecentos e sessenta.
15 Os filhos de Binui, seiscentos e quarenta e oito.
16 Os filhos de Bebai, seiscentos e vinte e oito.
17 Os filhos de Azgade, dois mil, trezentos e vinte e
dois.
18 Os filhos de Adonicão, seiscentos e sessenta e sete.
19 Os filhos de Bigvai, dois mil e sessenta e sete.
20 Os filhos de Adim, seiscentos e cinqüenta e cinco.
21 Os filhos de Ater, de Ezequias, noventa e oito.
22 Os filhos de Hassum, trezentos e vinte e oito.
23 Os filhos de Bezai, trezentos e vinte e quatro.
24 Os filhos de Harife, cento e doze.
25 Os filhos de Gibeom, noventa e cinco.
26 Os homens de Belém e de Netofa, cento e oitenta e
oito.
27 Os homens de Anatote, cento e vinte e oito.
28 Os homens de Bete-Azmavete, quarenta e dois.
29 Os homens de Quiriate-Jearim, Quefira e Beerote,
setecentos e quarenta e três.
30 Os homens de Ramá e Geba, seiscentos e vinte e um.
31 Os homens de Micmás, cento e vinte e dois.
32 Os homens de Betel e Ai, cento e vinte e três.
33 Os homens do outro Nebo, cinqüenta e dois.
34 Os filhos do outro Elão, mil, duzentos e cinqüenta e
quatro:
35 Os filhos de Harim, trezentos e vinte.
36 Os filhos de Jericó, trezentos e quarenta e cinco.
37 Os filhos de Lode, Hadide e Ono, setecentos e vinte
e um.
38 Os filhos de Senaá, três mil, novecentos e trinta.
39 Os sacerdotes: Os filhos de Jedaías, da casa de
Jesuá, novecentos e setenta e três.
40 Os filhos de Imer, mil e cinqüenta e dois.
41 Os filhos de Pasur, mil, duzentos e quarenta e sete.
42 Os filhos de Harim, mil e dezessete.
43 Os levitas: Os filhos de Jesuá, de Cadmiel, dos
filhos de Hodeva, setenta e quatro.
44 Os cantores: Os filhos de Asafe, cento e quarenta e
oito.
45 Os porteiros: Os filhos de Salum, os filhos de Ater,
os filhos de Talmom, os filhos de Acube, os filhos de Hatita, os filhos de
Sobai, cento e trinta e oito.
46 Os servidores do templo: Os filhos de Zia, os filhos
de Hasufa, os filhos de Tabaote,
47 Os filhos de Queros, os filhos de Sia, os filhos de
Padom,
48 Os filhos de Lebana, os filhos de Hagaba, os filhos
de Salmai,
49 Os filhos de Hanã, os filhos de Gidel, os filhos de
Gaar,
50 Os filhos de Reaías, os filhos de Rezim, os filhos
de Necoda,
51 Os filhos de Gazão, os filhos de Uzá, os filhos de
Paseá,
52 Os filhos de Besai, os filhos de Meunim, os filhos
de Nefussim,
53 Os filhos de Bacbuque, os filhos de Hacufa, os
filhos de Harur,
54 Os filhos de Bazlite, os filhos de Meída, os filhos
de Harsa,
55 Os filhos de Barcos, os filhos de Sísera, os filhos
de Tamá,
56 Os filhos de Nezia, os filhos de Hatifa.
57 Os filhos dos servos de Salomão, os filhos de Sotai,
os filhos de Soferete, os filhos de Perida,
58 Os filhos de Jaalá, os filhos de Darcom, os filhos
de Gidel,
59 Os filhos de Sefatias, os filhos de Hatil, os filhos
de Poquerete-Hazebaim, os filhos de Amom.
60 Todos os servidores do templo e os filhos dos servos
de Salomão, trezentos e noventa e dois.
61 Também estes subiram de Tel-Melá, e Tel-Harsa,
Querube, Adom, Imer; porém não puderam provar que a casa de seus pais e a sua
linhagem, eram de Israel.
62 Os filhos de Dalaías, os filhos de Tobias, os filhos
de Necoda, seiscentos e quarenta e dois.
63 E dos sacerdotes: os filhos de Hobaías, os filhos de
Coz, os filhos de Barzilai, que tomara uma mulher das filhas de Barzilai, o
gileadita, e que foi chamado do seu nome.
64 Estes buscaram o seu registro nos livros genealógicos,
porém não se achou; então, como imundos, foram excluídos do sacerdócio.
65 E o governador lhes disse que não comessem das
coisas sagradas, até que se apresentasse o sacerdote com Urim e Tumim.
66 Toda esta congregação junta foi de quarenta e dois
mil, trezentos e sessenta,
67 Afora os seus servos e as suas servas, que foram
sete mil, trezentos e trinta e sete; e tinham duzentos e quarenta e cinco
cantores e cantoras.
68 Os seus cavalos, setecentos e trinta e seis; os seus
mulos, duzentos e quarenta e cinco.
69 Camelos, quatrocentos e trinta e cinco; jumentos,
seis mil, setecentos e vinte.
70 E uma parte dos chefes dos pais contribuiram para a
obra. O governador deu para o tesouro, em ouro, mil dracmas, cinqüenta bacias,
e quinhentas e trinta vestes sacerdotais.
71 E alguns mais dos chefes dos pais contribuiram para
o tesouro da obra, em ouro, vinte mil dracmas, e em prata, duas mil e duzentas
libras.
72 E o que deu o restante do povo foi, em ouro, vinte
mil dracmas, e em prata, duas mil libras; e sessenta e sete vestes sacerdotais.
73 E habitaram os sacerdotes, os levitas, os porteiros,
os cantores, alguns do povo, os servidores do templo, e todo o Israel nas suas
cidades.
NEEMIAS Capítulo 8
1 E chegado o sétimo mês, e estando os filhos de Israel
nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da
porta das águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o livro da lei
de Moisés, que o SENHOR tinha ordenado a Israel.
2 E Esdras, o sacerdote, trouxe a lei perante a
congregação, tanto de homens como de mulheres, e todos os que podiam ouvir com
entendimento, no primeiro dia do sétimo mês.
3 E leu no livro diante da praça, que está diante da
porta das águas, desde a alva até ao meio dia, perante homens e mulheres, e os
que podiam entender; e os ouvidos de todo o povo estavam atentos ao livro da
lei.
4 E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de
madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele, à sua mão
direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua mão
esquerda, Pedaías, Misael, Melquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5 E Esdras abriu o livro perante à vista de todo o povo;
porque estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pós em pé.
6 E Esdras louvou ao SENHOR, o grande Deus; e todo o
povo respondeu: Amém, Amém! levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças,
e adoraram ao SENHOR, com os rostos em terra.
7 E Jesuá, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai,
Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías, e os levitas
ensinavam o povo na lei; e o povo estava no seu lugar.
8 E leram no livro, na lei de Deus; e declarando, e
explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse.
9 E Neemias, que era o governador, e o sacerdote
Esdras, o escriba, e os levitas que ensinavam ao povo, disseram a todo o povo:
Este dia é consagrado ao SENHOR vosso Deus, então não vos lamenteis, nem
choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei.
10 Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as
doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este
dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a
alegria do SENHOR é a vossa força.
11 E os levitas fizeram calar a todo o povo, dizendo:
Calai-vos; porque este dia é santo; por isso não vos entristeçais.
12 Então todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar
porções e a fazer grande regozijo; porque entenderam as palavras que lhes
fizeram saber.
13 E no dia seguinte ajuntaram-se os chefes dos pais de
todo o povo, os sacerdotes e os levitas, a Esdras, o escriba; e isto para
atentarem nas palavras da lei.
14 E acharam escrito na lei que o SENHOR ordenara, pelo
ministério de Moisés, que os filhos de Israel habitassem em cabanas, na
solenidade da festa, no sétimo mês.
15 Assim publicaram, e fizeram passar pregão por todas
as suas cidades, e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte, e trazei ramos de oliveiras,
e ramos de zambujeiros, e ramos de murtas, e ramos de palmeiras, e ramos de
árvores espessas, para fazer cabanas, como está escrito.
16 Saiu, pois, o povo, e os trouxeram, e fizeram para
si cabanas, cada um no seu terraço, nos seus pátios, e nos átrios da casa de
Deus, na praça da porta das águas, e na praça da porta de Efraim.
17 E toda a congregação dos que voltaram do cativeiro
fizeram cabanas, e habitaram nas cabanas, porque nunca fizeram assim os filhos
de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui
grande alegria.
18 E, de dia em dia, Esdras leu no livro da lei de
Deus, desde o primeiro dia até ao derradeiro; e celebraram a solenidade da
festa sete dias, e no oitavo dia, houve uma assembléia solene, segundo o rito.
NEEMIAS Capítulo 9
1 E, no dia vinte e quatro deste mês, ajuntaram-se os
filhos de Israel com jejum e com sacos, e traziam terra sobre si.
2 E a descendência de Israel se apartou de todos os
estrangeiros, e puseram-se em pé, e fizeram confissão pelos seus pecados e
pelas iniqüidades de seus pais.
3 E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei
do SENHOR seu Deus uma quarta parte do dia; e na outra quarta parte fizeram
confissão, e adoraram ao SENHOR seu Deus.
4 E Jesuá, Bani, Cadmiel, Sebanias, Buni, Serebias,
Bani e Quenani se puseram em pé no lugar alto dos levitas, e clamaram em alta
voz ao SENHOR seu Deus.
5 E os levitas, Jesuá, Cadmiel, Bani, Hasabnéias,
Serebias, Hodias, Sebanias e Petaías, disseram: Levantai-vos, bendizei ao
SENHOR vosso Deus de eternidade em eternidade; e bendigam o teu glorioso nome,
que está exaltado sobre toda a bênção e louvor.
6 Só tu és SENHOR; tu fizeste o céu, o céu dos céus, e
todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto
neles há, e tu os guardas com vida a todos; e o exército dos céus te adora.
7 Tu és o SENHOR, o Deus, que elegeste a Abrão, e o
tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste por nome Abraão.
8 E achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste
com ele a aliança, de que darias à sua descendência a terra dos cananeus, dos
heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus; e confirmaste
as tuas palavras, porquanto és justo.
9 E viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste
o seu clamor junto ao Mar Vermelho.
10 E mostraste sinais e prodígios a Faraó, e a todos os
seus servos, e a todo o povo da sua terra, porque soubeste que soberbamente os
trataram; e assim adquiriste para ti nome, como hoje se vê.
11 E o mar fendeste perante eles, e passaram pelo meio
do mar, em seco; e lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma
pedra nas águas violentas.
12 E guiaste-os de dia por uma coluna de nuvem, e de
noite por uma coluna de fogo, para lhes iluminar o caminho por onde haviam de
ir.
13 E sobre o monte Sinai desceste, e dos céus falaste
com eles, e deste-lhes juízos retos e leis verdadeiras, estatutos e mandamentos
bons.
14 E o teu santo sábado lhes fizeste conhecer; e
preceitos, estatutos e lei lhes mandaste pelo ministério de Moisés, teu servo.
15 E pão dos céus lhes deste na sua fome, e água da
penha lhes produziste na sua sede; e lhes disseste que entrassem para possuírem
a terra pela qual alçaste a tua mão, que lhes havias de dar.
16 Porém eles e nossos pais se houveram soberbamente, e
endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos.
17 E recusaram ouvir-te, e não se lembraram das tuas
maravilhas, que lhes fizeste, e endureceram a sua cerviz e, na sua rebelião,
levantaram um capitão, a fim de voltarem para a sua servidão; porém tu, ó Deus
perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em
beneficência, tu não os desamparaste.
18 Ainda mesmo quando eles fizeram para si um bezerro
de fundição, e disseram: Este é o teu Deus, que te tirou do Egito; e cometeram
grandes blasfêmias;
19 Todavia tu, pela multidão das tuas misericórdias,
não os deixaste no deserto. A coluna de nuvem nunca se apartou deles de dia,
para os guiar pelo caminho, nem a coluna de fogo de noite, para lhes iluminar;
e isto pelo caminho por onde haviam de ir.
20 E deste o teu bom espírito, para os ensinar; e o teu
maná não retiraste da sua boca; e água lhes deste na sua sede.
21 De tal modo os sustentaste quarenta anos no deserto;
nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não se
incharam.
22 Também lhes deste reinos e povos, e os repartiste em
porções; e eles possuíram a terra de Siom, a saber, a terra do rei de Hesbom, e
a terra de Ogue, rei de Basã.
23 E multiplicaste os seus filhos como as estrelas do
céu, e trouxeste-os à terra de que tinhas falado a seus pais que nela entrariam
para a possuírem.
24 Assim os filhos entraram e possuiram aquela terra; e
abateste perante eles os moradores da terra, os cananeus, e lhos entregaste na
mão, como também os reis e os povos da terra, para fazerem deles conforme a sua
vontade.
25 E tomaram cidades fortificadas e terra fértil, e
possuíram casas cheias de toda a fartura, cisternas cavadas, vinhas e olivais,
e árvores frutíferas, em abundáncia; e comeram e se fartaram e engordaram e
viveram em delícias, pela tua grande bondade.
26 Porém se obstinaram, e se rebelaram contra ti, e
lançaram a tua lei para trás das suas costas, e mataram os teus profetas, que
protestavam contra eles, para que voltassem para ti; assim fizeram grandes
abominações.
27 Por isso os entregaste na mão dos seus adversários,
que os angustiaram; mas no tempo de sua angústia, clamando a ti, desde os céus
tu ouviste; e segundo a tua grande misericórdia lhes deste libertadores que os
libertaram da mão de seus adversários.
28 Porém, em tendo repouso, tornavam a fazer o mal
diante de ti; e tu os deixavas na mão dos seus inimigos, para que dominassem
sobre eles; e convertendo-se eles, e clamando a ti, tu os ouviste desde os céus,
e segundo a tua misericórdia os livraste muitas vezes.
29 E testificaste contra eles, para que voltassem para
a tua lei; porém eles se houveram soberbamente, e não deram ouvidos aos teus
mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos, pelos quais o homem que os
cumprir viverá; viraram o ombro, endureceram a sua cerviz, e não quiseram
ouvir.
30 Porém estendeste a tua benignidade sobre eles por
muitos anos, e testificaste contra eles pelo teu Espírito, pelo ministério dos
teus profetas; porém eles não deram ouvidos; por isso os entregaste nas mãos
dos povos das terras.
31 Mas pela tua grande misericórdia os não destruíste
nem desamparaste, porque és um Deus clemente e misericordioso.
32 Agora, pois, nosso Deus, o grande, poderoso e
terrível Deus, que guardas a aliança e a beneficência, não tenhas em pouca
conta toda a aflição que nos alcançou a nós, aos nossos reis, aos nossos
príncipes, aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas, aos nossos pais e a todo
o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até ao dia de hoje.
33 Porém tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre
nós; porque tu tens agido fielmente, e nós temos agido impiamente.
34 E os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos
sacerdotes, e os nossos pais não guardaram a tua lei, e não deram ouvidos aos
teus mandamentos e aos teus testemunhos, que testificaste contra eles.
35 Porque eles nem no seu reino, nem na muita abundáncia
de bens que lhes deste, nem na terra espaçosa e fértil que puseste diante
deles, te serviram, nem se converteram de suas más obras.
36 Eis que hoje somos servos; e até na terra que deste
a nossos pais, para comerem o seu fruto e o seu bem, eis que somos servos nela.
37 E ela multiplica os seus produtos para os reis, que
puseste sobre nós, por causa dos nossos pecados; e conforme a sua vontade
dominam sobre os nossos corpos e sobre o nosso gado; e estamos numa grande
angústia.
38 E, todavia fizemos uma firme aliança, e o
escrevemos; e selaram-no os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos
sacerdotes.
NEEMIAS Capítulo 10
1 E os que selaram foram: Neemias, o governador, filho
de Hacalias, e Zedequias,
2 Seraías, Azarias, Jeremias,
3 Pasur, Amarias, Malquias,
4 Hatus, Sebanias, Maluque,
5 Harim, Meremote, Obadias,
6 Daniel, Ginetom, Baruque,
7 Mesulão, Abias, Miamim,
8 Maazias, Bilgai, Semaías; estes eram os sacerdotes.
9 E os levitas: Jesuá, filho de Azanias, Binui, dos
filhos de Henadade, Cadmiel,
10 E seus irmãos: Sebanias, Hodias, Quelita, Pelaías,
Hanã,
11 Mica, Reobe, Hasabias,
12 Zacur, Serebias, Sebanias,
13 Hodias, Bani e Beninu.
14 Os chefes do povo: Parós, Paate-Moabe, Elão, Zatu,
Bani,
15 Buni, Azgade, Bebai,
16 Adonias, Bigvai, Adim,
17 Ater, Ezequias, Azur,
18 Hodias, Hasum, Bezai,
19 Harife, Anatote, Nebai,
20 Magpias, Mesulão, Hezir,
21 Mesezabeel, Zadoque, Jadua,
22 Pelatias, Hanã, Anaías,
23 Oséias, Hananias, Hassube,
24 Haloés, Pilha, Sobeque,
25 Reum, Hasabná, Maaséias,
26 E Aías, Hanã, Anã,
27 Maluque, Harim e Baaná.
28 E o restante do povo, os sacerdotes, os levitas, os
porteiros, os cantores, os servidores do templo, todos os que se tinham
separado dos povos das terras para a lei de Deus, suas mulheres, seus filhos e
suas filhas, todos os que tinham conhecimento e entendimento,
29 Firmemente aderiram a seus irmãos os mais nobres
dentre eles, e convieram num anátema e num juramento, de que andariam na lei de
Deus, que foi dada pelo ministério de Moisés, servo de Deus; e de que
guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR nosso Senhor, e os seus
juízos e os seus estatutos;
30 E que não dariamos as nossas filhas aos povos da
terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos.
31 E que, trazendo os povos da terra no dia de sábado
qualquer mercadoria, e qualquer grão para venderem, nada compraríamos deles no
sábado, nem no dia santificado; e no sétimo ano deixaríamos descansar a terra,
e perdoaríamos toda e qualquer cobrança.
32 Também sobre nós pusemos preceitos, impondo-nos cada
ano a terça parte de um siclo, para o ministério da casa do nosso Deus;
33 Para os pães da proposição, para a contínua oferta
de alimentos, e para o contínuo holocausto dos sábados, das luas novas, para as
festas solenes, para as coisas sagradas, e para os sacrifícios pelo pecado,
para expiação de Israel, e para toda a obra da casa do nosso Deus.
34 Também lançamos sortes entre os sacerdotes, levitas,
e o povo, acerca da oferta da lenha que se havia de trazer à casa do nosso
Deus, segundo as casas de nossos pais, a tempos determinados, de ano em ano,
para se queimar sobre o altar do SENHOR nosso Deus, como está escrito na lei.
35 Que também traríamos as primícias da nossa terra, e
as primícias de todos os frutos de todas as árvores, de ano em ano, à casa do
SENHOR.
36 E os primogênitos dos nossos filhos, e os do nosso
gado, como está escrito na lei; e que os primogênitos do nosso gado e das
nossas ovelhas traríamos à casa do nosso Deus, aos sacerdotes, que ministram na
casa do nosso Deus.
37 E que as primícias da nossa massa, as nossas ofertas
alçadas, o fruto de toda a árvore, o mosto e o azeite, traríamos aos
sacerdotes, às cámaras da casa do nosso Deus; e os dízimos da nossa terra aos
levitas; e que os levitas receberiam os dízimos em todas as cidades, da nossa
lavoura.
38 E que o sacerdote, filho de Arão, estaria com os
levitas quando estes recebessem os dízimos, e que os levitas trariam os dízimos
dos dízimos à casa do nosso Deus, às cámaras da casa do tesouro.
39 Porque àquelas cámaras os filhos de Israel e os
filhos de Levi devem trazer ofertas alçadas do grão, do mosto e do azeite;
porquanto ali estão os vasos do santuário, como também os sacerdotes que
ministram, os porteiros e os cantores; e que assim não desampararíamos a casa
do nosso Deus.
NEEMIAS Capítulo 11
1 E os líderes do povo habitaram em Jerusalém, porém o
restante do povo lançou sortes, para tirar um de dez, que habitasse na santa
cidade de Jerusalém, e as nove partes nas outras cidades.
2 E o povo bendisse a todos os homens que
voluntariamente se ofereciam para habitar em Jerusalém.
3 E estes são os chefes da província, que habitaram em
Jerusalém; porém nas cidades de Judá habitou cada um na sua possessão, nas suas
cidades, Israel, os sacerdotes, os levitas, os servidores do templo, e os
filhos dos servos de Salomão.
4 Habitaram, pois, em Jerusalém alguns dos filhos de
Judá e dos filhos de Benjamim. Dos filhos de Judá, Ataías, filho de Uzias,
filho de Zacarias, filho de Amarias, filho de Sefatias, filho de Maalaleel, dos
filhos de Perez;
5 E Maaséias, filho de Baruque, filho de Col-Hoze,
filho de Hazaías, filho de Adaías, filho de Joiaribe, filho de Zacarias, filho
de Siloni.
6 Todos os filhos de Perez, que habitaram em Jerusalém,
foram quatrocentos e sessenta e oito homens valentes.
7 E estes são os filhos de Benjamim: Salu, filho de
Mesulão, filho de Joede, filho de Pedaías, filho de Colaías, filho de Maaséias,
filho de Itiel, filho de Jesaías.
8 E depois dele Gabai e Salai, ao todo novecentos e
vinte e oito.
9 E Joel, filho de Zicri, superintendente sobre eles; e
Judá, filho de Senua, o segundo sobre a cidade.
10 Dos sacerdotes: Jedaías, filho de Joiaribe, Jaquim,
11 Seraías, filho de Hilquias, filho de Mesulão, filho
de Zadoque, filho de Meraiote, filho de Aitube, líder da casa de Deus,
12 E seus irmãos, que faziam a obra na casa, oitocentos
e vinte e dois; e Adaías, filho de Jeroão, filho de Pelalias, filho de Anzi,
filho de Zacarias, filho de Pasur, filho de Malquias,
13 E seus irmãos, chefes dos pais, duzentos e quarenta
e dois; e Amassai, filho de Azareel, filho de Azai, filho de Mesilemote, filho
de Imer,
14 E os irmãos deles, homens valentes, cento e vinte e
oito, e superintendente sobre eles Zabdiel, filho de Gedolim.
15 E dos levitas: Semaías, filho de Hassube, filho de
Azricão, filho de Hasabias, filho de Buni;
16 E Sabetai, e Jozabade, dos chefes dos levitas,
presidiam sobre a obra de fora da casa de Deus.
17 E Matanias, filho de Mica, filho de Zabdi, filho de
Asafe, o chefe, que iniciava as ações de graças na oração, e Bacbuquias, o
segundo de seus irmãos; depois Abda, filho de Samua, filho de Galal, filho de
Jedutum.
18 Todos os levitas na santa cidade, foram duzentos e
oitenta e quatro.
19 E os porteiros, Acube, Talmom, com seus irmãos, os
guardas das portas, cento e setenta e dois.
20 E o restante de Israel, dos sacerdotes e levitas,
habitou em todas as cidades de Judá, cada um na sua herança.
21 E os servidores do templo, habitaram em Ofel; e Zia
e Gispa presidiam sobre os servidores do templo.
22 E o superintendente dos levitas em Jerusalém foi
Uzi, filho de Bani, filho de Hasabias, filho de Matanias, filho de Mica; dos
filhos de Asafe, os cantores, ao serviço da casa de Deus.
23 Porque havia um mandado do rei acerca deles, e uma
certa regra para os cantores, cada qual no seu dia.
24 E Petaías, filho de Mesezabeel, dos filhos de Zera,
filho de Judá, estava à mão do rei, em todos os negócios do povo.
25 E quanto às aldeias, com as suas terras, alguns dos
filhos de Judá habitaram em Quiriate-Arba e nos lugares da sua jurisdição, e em
Dibom, e nos lugares da sua jurisdição, e em Jecabzeel e nas suas aldeias,
26 E em Jesuá, e em Molada, e em Bete-Pelete,
27 E em Hazar-Sual, e em Berseba e nos lugares da sua
jurisdição,
28 E em Ziclague, em Mecona e nos lugares da sua
jurisdição,
29 E em En-Rimom, em Zora e em Jarmute,
30 Em Zanoa, Adulão e nas suas aldeias, em Laquis e nas
suas terras, em Azaca e nos lugares da sua jurisdição. Acamparam-se desde
Berseba até ao vale de Hinom.
31 E os filhos de Benjamim habitaram desde Geba, em
Micmás, Aia, Betel e nos lugares da sua jurisdição,
32 E em Anatote, em Nobe, em Ananias,
33 Em Hazor, em Ramá, em Gitaim,
34 Em Hadide, em Zeboim, em Nebalate,
35 Em Lode e em Ono, no vale dos artífices,
36 E alguns dos levitas habitaram nas divisões de Judá
e de Benjamim.
NEEMIAS Capítulo 12
1 Estes são sacerdotes e levitas que subiram com
Zorobabel, filho de Sealtiel, e com Jesuá: Seraías, Jeremias, Esdras,
2 Amarias, Maluque, Hatus,
3 Secanias, Reum, Meremote,
4 Ido, Ginetoi, Abias,
5 Miamim, Maadias, Bilga,
6 Semaías, Joiaribe, Jedaías,
7 Salu, Amoque, Hilquias, Jedaías; estes foram os
chefes dos sacerdotes e de seus irmãos, nos dias de Jesuá.
8 E os levitas: Jesuá, Binui, Cadmiel, Serebias, Judá,
Matanias; este e seus irmãos dirigiam os louvores.
9 E Bacbuquias e Uni, seus irmãos, estavam defronte
deles, nas guardas.
10 E Jesuá gerou a Joiaquim, e Joiaquim gerou a
Eliasibe, e Eliasibe gerou a Joiada,
11 E Joiada gerou a Jónatas, e Jónatas gerou a Jadua.
12 E nos dias de Joiaquim foram sacerdotes, chefes dos
pais: de Seraías, Meraías; de Jeremias, Hananias;
13 De Esdras, Mesulão; de Amarias, Joanã;
14 De Maluqui, Jónatas; de Sebanias, José;
15 De Harim, Adna; de Meraiote, Helcai;
16 De Ido, Zacarias; de Ginetom, Mesulão.
17 De Abias, Zicri; de Miamim e de Moadias, Piltai;
18 De Bilga, Samua; de Semaías, Jónatas;
19 E de Joiaribe, Matenai; de Jedaías, Uzi;
20 De Salai, Calai; de Amoque, Éber;
21 De Hilquias, Hasabias; de Jedaías, Natanael.
22 Dos levitas, nos dias de Eliasibe, foram inscritos
como chefes de pais, Joiada, Joanã e Jadua; como também os sacerdotes, até ao
reinado de Dario, o persa.
23 Os filhos de Levi foram inscritos, como chefes de
pais, no livro das crónicas, até aos dias de Joanã, filho de Eliasibe.
24 Foram, pois, os chefes dos levitas: Hasabias,
Serabias, e Jesuá, filho de Cadmiel; e seus irmãos estavam defronte deles, para
louvarem e darem graças, segundo o mandado de Davi, homem de Deus; guarda
contra guarda.
25 Matanias, Bacbuquias, Obadias, Mesulão, Talmom e
Acube, eram porteiros, que faziam a guarda às tesourarias das portas.
26 Estes viveram nos dias de Jeoiaquim, filho de Jesuá,
o filho de Jozadaque; como também nos dias de Neemias, o governador, e do
sacerdote Esdras, o escriba.
27 E na dedicação dos muros de Jerusalém buscaram os
levitas de todos os seus lugares, para trazê-los, a fim de fazerem a dedicação
com alegria, com louvores e com canto, saltérios, címbalos e com harpas.
28 E assim ajuntaram os filhos dos cantores, tanto da
campina dos arredores de Jerusalém, como das aldeias de Netofati;
29 Como também da casa de Gilgal, e dos campos de Geba,
e Azmavete; porque os cantores edificaram para si aldeias nos arredores de
Jerusalém.
30 E purificaram-se os sacerdotes e os levitas; e logo
purificaram o povo, as portas e o muro.
31 Então fiz subir os príncipes de Judá sobre o muro, e
ordenei dois grandes coros em procissão, um à mão direita sobre o muro do lado
da porta do monturo.
32 E após ele ia Hosaías, e a metade dos príncipes de
Judá.
33 E Azarias, Esdras e Mesulão,
34 Judá, Benjamim, Semaías e Jeremias.
35 E dos filhos dos sacerdotes, com trombetas:
Zacarias, filho de Jónatas, filho de Semaías, filho de Matanias, filho de
Micaías, filho de Zacur, filho de Asafe.
36 E seus irmãos, Semaías, e Azareel, Milalai, Gilalai,
Maai, Natanael, Judá e Hanani, com os instrumentos musicais de Davi, homem de
Deus; e Esdras, o escriba, ia adiante deles.
37 Indo assim para a porta da fonte, defronte deles,
subiram as escadas da cidade de Davi, onde começa a subida do muro, desde cima
da casa de Davi, até à porta das águas, do lado do oriente.
38 E o segundo coro ia em frente, e eu após ele; e a
metade do povo ia sobre o muro, desde a torre dos fornos, até à muralha larga;
39 E desde a porta de Efraim, passaram por cima da
porta velha, e da porta do peixe, e pela torre de Hananeel e a torre de Meá,
até à porta das ovelhas; e pararam à porta da prisão.
40 Então ambos os coros pararam na casa de Deus; como
também eu, e a metade dos magistrados comigo.
41 E os sacerdotes Eliaquim, Maaséias, Miniamim,
Micaías, Elioenai, Zacarias e Hananias, com trombetas.
42 Como também, Maaséias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joanã,
Malquias, Elão e Ezer; e faziam-se ouvir os cantores, juntamente com Jezraías,
o seu superintendente.
43 E ofereceram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se
alegraram; porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os
meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe.
44 Também no mesmo dia se nomearam homens sobre as
cámaras, dos tesouros, das ofertas alçadas, das primícias, dos dízimos, para
ajuntarem nelas, dos campos das cidades, as partes da lei para os sacerdotes e
para os levitas; porque Judá estava alegre por causa dos sacerdotes e dos
levitas que assistiam ali.
45 E observava os preceitos do seu Deus, e os da
purificação; como também os cantores e porteiros, conforme ao mandado de Davi e
de seu filho Salomão.
46 Porque já nos dias de Davi e Asafe, desde a
antiguidade, havia chefes dos cantores, e dos cánticos de louvores e de ação de
graças a Deus.
47 Por isso todo o Israel, já nos dias de Zorobabel e
nos dias de Neemias, dava aos cantores e aos porteiros as porções de cada dia;
e santificavam as porções aos levitas, e os levitas as santificavam aos filhos
de Arão.
NEEMIAS Capítulo 13
1 Naquele dia leu-se no livro de Moisés, aos ouvidos do
povo; e achou-se escrito nele que os amonitas e os moabitas não entrassem
jamais na congregação de Deus,
2 Porquanto não tinham saído ao encontro dos filhos de
Israel com pão e água; antes contra eles assalariaram a Balaão para os
amaldiçoar; porém o nosso Deus converteu a maldição em bênção.
3 Sucedeu, pois, que, ouvindo eles esta lei, apartaram
de Israel todo o elemento misto.
4 Ora, antes disto, Eliasibe, sacerdote, que presidia
sobre a cámara da casa do nosso Deus, se tinha aparentado com Tobias;
5 E fizera-lhe uma cámara grande, onde dantes se
depositavam as ofertas de alimentos, o incenso, os utensílios, os dízimos do
grão, do mosto e do azeite, que se ordenaram para os levitas, cantores e
porteiros, como também a oferta alçada para os sacerdotes.
6 Mas durante tudo isto não estava eu em Jerusalém,
porque no ano trinta e dois de Artaxerxes, rei de Babilónia, fui ter com o rei;
mas após alguns dias tornei a alcançar licença do rei.
7 E voltando a Jerusalém, compreendi o mal que Eliasibe
fizera para Tobias, fazendo-lhe uma cámara nos pátios da casa de Deus.
8 O que muito me desagradou; de sorte que lancei todos
os móveis da casa de Tobias fora da cámara.
9 E, ordenando-o eu, purificaram as cámaras; e tornei a
trazer para ali os utensílios da casa de Deus, com as ofertas de alimentos e o
incenso.
10 Também entendi que os quinhões dos levitas não se
lhes davam, de maneira que os levitas e os cantores, que faziam a obra, tinham
fugido cada um para a sua terra.
11 Então contendi com os magistrados, e disse: Por que
se desamparou a casa de Deus? Porém eu os ajuntei, e os restaurei no seu posto.
12 Então todo o Judá trouxe os dízimos do grão, do
mosto e do azeite aos celeiros.
13 E por tesoureiros pus sobre os celeiros a Selemias,
o sacerdote, e a Zadoque, o escrivão e a Pedaías, dentre os levitas; e com eles
Hanã, filho de Zacur, o filho de Matanias; porque foram achados fiéis; e se
lhes encarregou a eles a distribuição para seus irmãos.
14 Por isto, Deus meu, lembra-te de mim e não risques
as beneficências que eu fiz à casa de meu Deus e às suas observáncias.
15 Naqueles dias vi em Judá os que pisavam lagares ao
sábado e traziam feixes que carregavam sobre os jumentos; como também vinho,
uvas e figos, e toda a espécie de cargas, que traziam a Jerusalém no dia de
sábado; e protestei contra eles no dia em que vendiam mantimentos.
16 Também habitavam em Jerusalém tírios que traziam
peixe e toda a mercadoria, que vendiam no sábado aos filhos de Judá, e em
Jerusalém.
17 E contendi com os nobres de Judá, e lhes disse: Que
mal é este que fazeis, profanando o dia de sábado?
18 Porventura não fizeram vossos pais assim, e não
trouxe o nosso Deus todo este mal sobre nós e sobre esta cidade? E vós ainda
mais acrescentais o ardor de sua ira sobre Israel, profanando o sábado.
19 Sucedeu, pois, que, dando já sombra nas portas de
Jerusalém antes do sábado, ordenei que as portas fossem fechadas; e mandei que
não as abrissem até passado o sábado; e pus às portas alguns de meus servos,
para que nenhuma carga entrasse no dia de sábado.
20 Então os negociantes e os vendedores de toda a
mercadoria passaram a noite fora de Jerusalém, uma ou duas vezes.
21 Protestei, pois, contra eles, e lhes disse: Por que
passais a noite defronte do muro? Se outra vez o fizerdes, hei de lançar mão de
vós. Daquele tempo em diante não vieram no sábado.
22 Também disse aos levitas que se purificassem, e
viessem guardar as portas, para santificar o sábado. Nisto também, Deus meu,
lembra-te de mim e perdoa-me segundo a abundáncia da tua benignidade.
23 Vi também naqueles dias judeus que tinham casado com
mulheres asdoditas, amonitas e moabitas.
24 E seus filhos falavam meio asdodita, e não podiam
falar judaico, senão segundo a língua de cada povo.
25 E contendi com eles, e os amaldiçoei e espanquei
alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os fiz jurar por Deus, dizendo:
Não dareis mais vossas filhas a seus filhos, e não tomareis mais suas filhas,
nem para vossos filhos nem para vós mesmos.
26 Porventura não pecou nisto Salomão, rei de Israel,
não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo ele amado de seu
Deus, e pondo-o Deus rei sobre todo o Israel? E contudo as mulheres
estrangeiras o fizeram pecar.
27 E dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este
grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres
estrangeiras?
28 Também um dos filhos de Joiada, filho de Eliasibe, o
sumo sacerdote, era genro de Sambalate, o horonita, por isso o afugentei de
mim.
29 Lembra-te deles, Deus meu, pois contaminaram o sacerdócio,
como também a aliança do sacerdócio e dos levitas.
30 Assim os limpei de todo o estrangeiro, e designei os
cargos dos sacerdotes e dos levitas, cada um na sua obra.
31 Como também para com as ofertas de lenha em tempos
determinados, e para com as primícias; lembra-te de mim, Deus meu, para bem.
LIVRO DE ESTER
ESTER Capítulo 1
1 E sucedeu nos dias de Assuero, o Assuero que reinou
desde a India até Etiópia, sobre cento e vinte e sete províncias,
2 Que, assentando-se o rei Assuero no trono do seu
reino, que estava na fortaleza de Susã,
3 No terceiro ano do seu reinado, fez um banquete a
todos os seus príncipes e seus servos, estando assim perante ele o poder da
Pérsia e Média e os nobres e príncipes das províncias,
4 Para mostrar as riquezas da glória do seu reino, e o
esplendor da sua excelente grandeza, por muitos dias, a saber: cento e oitenta
dias.
5 E, acabados aqueles dias, fez o rei um banquete a
todo o povo que se achava na fortaleza de Susã, desde o maior até ao menor, por
sete dias, no pátio do jardim do palácio real.
6 As tapeçarias eram de pano branco, verde, e azul
celeste, pendentes de cordões de linho fino e púrpura, e argolas de prata, e
colunas de mármore; os leitos de ouro e de prata, sobre um pavimento de mármore
vermelho, e azul, e branco e preto.
7 E dava-se de beber em copos de ouro, e os copos eram
diferentes uns dos outros; e havia muito vinho real, segundo a generosidade do
rei.
8 E o beber era por lei, sem constrangimento; porque
assim tinha ordenado o rei expressamente a todos os oficiais da sua casa, que
fizessem conforme a vontade de cada um.
9 Também a rainha Vasti deu um banquete às mulheres, na
casa real, do rei Assuero.
10 E ao sétimo dia, estando já o coração do rei alegre
do vinho, mandou a Meumã, Bizta, Harbona, Bigtá, Abagta, Zetar e Carcas, os
sete camareiros que serviam na presença do rei Assuero,
11 Que introduzissem na presença do rei a rainha Vasti,
com a coroa real, para mostrar aos povos e aos príncipes a sua beleza, porque
era formosa à vista.
12 Porém a rainha Vasti recusou vir conforme a palavra
do rei, por meio dos camareiros; assim o rei muito se enfureceu, e acendeu nele
a sua ira.
13 Então perguntou o rei aos sábios que entendiam dos
tempos (porque assim se tratavam os negócios do rei na presença de todos os que
sabiam a lei e o direito;
14 E os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar,
Admata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã, os sete príncipes dos persas e dos
medos, que viam a face do rei, e se assentavam como principais no reino),
15 O que, segundo a lei, se devia fazer à rainha Vasti,
por não ter obedecido ao mandado do rei Assuero, por meio dos camareiros.
16 Então disse Memucã na presença do rei e dos
príncipes: Não somente contra o rei pecou a rainha Vasti, porém também contra
todos os príncipes, e contra todos os povos que há em todas as províncias do
rei Assuero.
17 Porque a notícia do que fez a rainha chegará a todas
as mulheres, de modo que aos seus olhos desprezarão a seus maridos quando
ouvirem dizer: Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua presença a rainha
Vasti, porém ela não veio.
18 E neste mesmo dia as senhoras da Pérsia e da Média
ouvindo o que fez a rainha, dirão o mesmo a todos os príncipes do rei; e assim
haverá muito desprezo e indignação.
19 Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um edito
real, e escreva-se nas leis dos persas e dos medos, e não se revogue, a saber:
que Vasti não entre mais na presença do rei Assuero, e o rei dê o reino dela a
outra que seja melhor do que ela.
20 E, ouvindo-se o mandado, que o rei decretara em todo
o seu reino (porque é grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos,
desde a maior até à menor.
21 E pareceram bem estas palavras aos olhos do rei e
dos príncipes; e fez o rei conforme a palavra de Memucã.
22 Então enviou cartas a todas as províncias do rei, a
cada província segundo a sua escrita, e a cada povo segundo a sua língua; que
cada homem fosse senhor em sua casa, e que se falasse conforme a língua do seu
povo.
ESTER Capítulo 2
1 Passadas estas coisas, e apaziguado já o furor do rei
Assuero, lembrou-se de Vasti, e do que fizera, e do que se tinha decretado a
seu respeito.
2 Então disseram os servos do rei, que lhe serviam:
Busquem-se para o rei moças virgens e formosas.
3 E ponha o rei oficiais em todas as províncias do seu
reino, que ajuntem a todas as moças virgens e formosas, na fortaleza de Susã,
na casa das mulheres, aos cuidados de Hegai, camareiro do rei, guarda das
mulheres, e dêem-se-lhes os seus enfeites.
4 E a moça que parecer bem aos olhos do rei, reine em
lugar de Vasti. E isto pareceu bem aos olhos do rei, e ele assim fez.
5 Havia então um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo
nome era Mardoqueu, filho de Jair, filho de Simei, filho de Quis, homem
benjamita,
6 Que fora transportado de Jerusalém, com os cativos
que foram levados com Jeconias, rei de Judá, o qual transportara Nabucodonosor,
rei de Babilónia.
7 Este criara a Hadassa (que é Ester, filha de seu
tio), porque não tinha pai nem mãe; e era jovem bela de presença e formosa; e,
morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha.
8 Sucedeu que, divulgando-se o mandado do rei e a sua
lei, e ajuntando-se muitas moças na fortaleza de Susã, aos cuidados de Hegai,
também levaram Ester à casa do rei, sob a custódia de Hegai, guarda das
mulheres.
9 E a moça pareceu formosa aos seus olhos, e alcançou
graça perante ele; por isso se apressou a dar-lhe os seus enfeites, e os seus
quinhões, como também em lhe dar sete moças de respeito da casa do rei; e a fez
passar com as suas moças ao melhor lugar da casa das mulheres.
10 Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua
parentela, porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse.
11 E passeava Mardoqueu cada dia diante do pátio da casa
das mulheres, para se informar de como Ester passava, e do que lhe sucederia.
12 E, chegando a vez de cada moça, para vir ao rei
Assuero, depois que fora feito a ela segundo a lei das mulheres, por doze meses
(porque assim se cumpriam os dias das suas purificações, seis meses com óleo de
mirra, e seis meses com especiarias, e com as coisas para a purificação das
mulheres),
13 Desta maneira, pois, vinha a moça ao rei;
dava-se-lhe tudo quanto ela desejava, para levar consigo da casa das mulheres à
casa do rei;
14 Å tarde entrava, e pela manhã tornava à segunda casa
das mulheres, sob os cuidados de Saasgaz, camareiro do rei, guarda das
concubinas; não tornava mais ao rei, salvo se o rei a desejasse, e fosse
chamada pelo nome.
15 Chegando, pois, a vez de Ester, filha de Abiail, tio
de Mardoqueu (que a tomara por sua filha), para ir ao rei, coisa nenhuma pediu,
senão o que disse Hegai, camareiro do rei, guarda das mulheres; e alcançava
Ester graça aos olhos de todos quantos a viam.
16 Assim foi levada Ester ao rei Assuero, à sua casa
real, no décimo mês, que é o mês de tebete, no sétimo ano do seu reinado.
17 E o rei amou a Ester mais do que a todas as
mulheres, e alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as
virgens; e pós a coroa real na sua cabeça, e a fez rainha em lugar de Vasti.
18 Então o rei deu um grande banquete a todos os seus
príncipes e aos seus servos; era o banquete de Ester; e deu alívio às
províncias, e fez presentes segundo a generosidade do rei.
19 E reunindo-se segunda vez as virgens, Mardoqueu
estava assentado à porta do rei.
20 Ester, porém, não declarava a sua parentela e o seu
povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu,
como quando a criara.
21 Naqueles dias, assentando-se Mardoqueu à porta do
rei, dois camareiros do rei, dos guardas da porta, Bigtã e Teres, grandemente
se indignaram, e procuraram atentar contra o rei Assuero.
22 E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu, e ele fez
saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu.
23 E inquiriu-se o negócio, e se descobriu, e ambos
foram pendurados numa forca; e foi escrito nas crónicas perante o rei.
ESTER Capítulo 3
1 Depois destas coisas o rei Assuero engrandeceu a
Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pós o seu assento acima de
todos os príncipes que estavam com ele.
2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei,
se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei
acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
3 Então os servos do rei, que estavam à porta do rei,
disseram a Mardoqueu: Por que transgride o mandado do rei?
4 Sucedeu, pois, que, dizendo-lhe eles isto, dia após
dia, e não lhes dando ele ouvidos, o fizeram saber a Hamã, para verem se as
palavras de Mardoqueu se sustentariam, porque ele lhes tinha declarado que era
judeu.
5 Vendo, pois, Hamã que Mardoqueu não se inclinava nem
se prostrava diante dele, Hamã se encheu de furor.
6 Porém teve como pouco, nos seus propósitos, o pór as
mãos só em Mardoqueu (porque lhe haviam declarado de que povo era Mardoqueu);
Hamã, pois, procurou destruir a todos os judeus, o povo de Mardoqueu, que havia
em todo o reino de Assuero.
7 No primeiro mês (que é o mês de Nisã), no ano
duodécimo do rei Assuero, se lançou Pur, isto é, a sorte, perante Hamã, para
cada dia, e para cada mês, até ao duodécimo mês, que é o mês de Adar.
8 E Hamã disse ao rei Assuero: Existe espalhado e
dividido entre os povos em todas as províncias do teu reino um povo, cujas leis
são diferentes das leis de todos os povos, e que não cumpre as leis do rei; por
isso não convém ao rei deixá-lo ficar.
9 Se bem parecer ao rei, decrete-se que os matem; e eu
porei nas mãos dos que fizerem a obra dez mil talentos de prata, para que
entrem nos tesouros do rei.
10 Então tirou o rei o anel da sua mão, e o deu a Hamã,
filho de Hamedata, agagita, adversário dos judeus.
11 E disse o rei a Hamã: Essa prata te é dada como
também esse povo, para fazeres dele o que bem parecer aos teus olhos.
12 Então chamaram os escrivães do rei no primeiro mês,
no dia treze do mesmo e, conforme a tudo quanto Hamã mandou, se escreveu aos
príncipes do rei, e aos governadores que havia sobre cada província, e aos
líderes, de cada povo; a cada província segundo a sua escrita, e a cada povo
segundo a sua língua; em nome do rei Assuero se escreveu, e com o anel do rei
se selou.
13 E enviaram-se as cartas por intermédio dos correios
a todas as províncias do rei, para que destruíssem, matassem, e fizessem
perecer a todos os judeus, desde o jovem até ao velho, crianças e mulheres, em
um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é o mês de Adar), e que saqueassem
os seus bens.
14 Uma cópia do despacho que determinou a divulgação da
lei em cada província, foi enviada a todos os povos, para que estivessem
preparados para aquele dia.
15 Os correios, pois, impelidos pela palavra do rei,
saíram, e a lei se proclamou na fortaleza de Susã. E o rei e Hamã se assentaram
a beber, porém a cidade de Susã estava confusa.
ESTER Capítulo 4
1 Quando Mardoqueu soube tudo quanto se havia passado,
rasgou as suas vestes, e vestiu-se de saco e de cinza, e saiu pelo meio da
cidade, e clamou com grande e amargo clamor;
2 E chegou até diante da porta do rei, porque ninguém
vestido de saco podia entrar pelas portas do rei.
3 E em todas as províncias aonde a palavra do rei e a
sua lei chegava, havia entre os judeus grande luto, com jejum, e choro, e
lamentação; e muitos estavam deitados em saco e em cinza.
4 Então vieram as servas de Ester, e os seus
camareiros, e fizeram-na saber, do que a rainha muito se doeu; e mandou roupas
para vestir a Mardoqueu, e tirar-lhe o pano de saco; porém ele não as aceitou.
5 Então Ester chamou a Hatá (um dos camareiros do rei,
que este tinha posto para servi-la), e deu-lhe ordem para ir a Mardoqueu, para
saber que era aquilo, e porquê.
6 E, saindo Hatá a Mardoqueu, à praça da cidade, que estava
diante da porta do rei,
7 Mardoqueu lhe fez saber tudo quanto lhe tinha
sucedido; como também a soma exata do dinheiro, que Hamã dissera que daria para
os tesouros do rei, pelos judeus, para destruí-los.
8 Também lhe deu a cópia da lei escrita, que se
publicara em Susã, para os destruir, para que a mostrasse a Ester, e a fizesse
saber; e para lhe ordenar que fosse ter com o rei, e lhe pedisse e suplicasse
na sua presença pelo seu povo.
9 Veio, pois, Hatá, e fez saber a Ester as palavras de
Mardoqueu.
10 Então falou Ester a Hatá, mandando-o dizer a
Mardoqueu:
11 Todos os servos do rei, e o povo das províncias do
rei, bem sabem que todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior,
sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender
para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido
chamada para ir ao rei.
12 E fizeram saber a Mardoqueu as palavras de Ester.
13 Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não
imagines no teu íntimo que por estares na casa do rei, escaparás só tu entre
todos os judeus.
14 Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e
livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai
perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
15 Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
16 Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em
Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem
de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com
o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.
17 Então Mardoqueu foi, e fez conforme a tudo quanto
Ester lhe ordenou.
ESTER Capítulo 5
1 Sucedeu, pois, que ao terceiro dia Ester se vestiu
com trajes reais, e se pós no pátio interior da casa do rei, defronte do
aposento do rei; e o rei estava assentado sobre o seu trono real, na casa real,
defronte da porta do aposento.
2 E sucedeu que, vendo o rei à rainha Ester, que estava
no pátio, alcançou graça aos seus olhos; e o rei estendeu para Ester o cetro de
ouro, que tinha na sua mão, e Ester chegou, e tocou a ponta do cetro.
3 Então o rei lhe disse: Que é que queres, rainha
Ester, ou qual é a tua petição? Até metade do reino se te dará.
4 E disse Ester: Se parecer bem ao rei, venha hoje com
Hamã ao banquete que lhe tenho preparado.
5 Então disse o rei: Fazei apressar a Hamã, para que se
atenda ao desejo de Ester. Vindo, pois, o rei e Hamã ao banquete, que Ester
tinha preparado,
6 Disse o rei a Ester, no banquete do vinho: Qual é a
tua petição? E ser-te-á concedida, e qual é o teu desejo? E se fará ainda até
metade do reino.
7 Então respondeu Ester, e disse: Minha petição e
desejo é:
8 Se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao
rei conceder-me a minha petição, e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã
ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã farei conforme a palavra do rei.
9 Então saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ánimo;
porém, vendo Mardoqueu à porta do rei, e que ele não se levantara nem se movera
diante dele, então Hamã se encheu de furor contra Mardoqueu.
10 Hamã, porém, se refreou, e foi para sua casa; e
enviou, e mandou vir os seus amigos, e Zeres, sua mulher.
11 E contou-lhes Hamã a glória das suas riquezas, a
multidão de seus filhos, e tudo em que o rei o tinha engrandecido, e como o
tinha exaltado sobre os príncipes e servos do rei.
12 Disse mais Hamã: Tampouco a rainha Ester a ninguém
fez vir com o rei ao banquete que tinha preparado, senão a mim; e também para
amanhã estou convidado por ela juntamente com o rei.
13 Porém tudo isto não me satisfaz, enquanto eu vir o
judeu Mardoqueu assentado à porta do rei.
14 Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os
seus amigos: Faça-se uma forca de cinqüenta cóvados de altura, e amanhã dize ao
rei que nela seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao
banquete. E este conselho bem pareceu a Hamã, que mandou fazer a forca.
ESTER Capítulo 6
1 Naquela mesma noite fugiu o sono do rei; então mandou
trazer o livro de registro das crónicas, as quais se leram diante do rei.
2 E achou-se escrito que Mardoqueu tinha denunciado
Bigtã e Teres, dois dos camareiros do rei, da guarda da porta, que tinham
procurado lançar mão do rei Assuero.
3 Então disse o rei: Que honra e distinção se deu por
isso a Mardoqueu? E os servos do rei, que ministravam junto a ele, disseram:
Coisa nenhuma se lhe fez.
4 Então disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha
entrado no pátio exterior da casa do rei, para dizer ao rei que enforcassem a
Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.
5 E os servos do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no
pátio. E disse o rei que entrasse.
6 E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao
homem de cuja honra o rei se agrada? Então Hamã disse no seu coração: De quem
se agradaria o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
7 Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja honra
o rei se agrada,
8 Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como
também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real
na sua cabeça.
9 E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos
príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja
honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele:
Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
10 Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e
o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está
assentado à porta do rei; e coisa nenhuma omitas de tudo quanto disseste.
11 E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a
Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele:
Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!
12 Depois disto Mardoqueu voltou para a porta do rei;
porém Hamã se retirou correndo à sua casa, triste, e de cabeça coberta.
13 E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus
amigos, tudo quanto lhe tinha sucedido. Então os seus sábios e Zeres, sua
mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da
descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás
diante dele.
14 E estando eles ainda falando com ele, chegaram os
camareiros do rei, e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester
preparara.
ESTER Capítulo 7
1 Vindo, pois, o rei com Hamã, para beber com a rainha
Ester,
2 Disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no
banquete do vinho: Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o
teu desejo? Até metade do reino, se te dará.
3 Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó rei,
achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como
minha petição, e o meu povo como meu desejo.
4 Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para nos
destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se ainda por servos e por servas nos
vendessem, calar-me-ia; ainda que o opressor não poderia ter compensado a perda
do rei.
5 Então falou o rei Assuero, e disse à rainha Ester:
Quem é esse e onde está esse, cujo coração o instigou a assim fazer?
6 E disse Ester: O homem, o opressor, e o inimigo, é
este mau Hamã. Então Hamã se perturbou perante o rei e a rainha.
7 E o rei no seu furor se levantou do banquete do vinho
e passou para o jardim do palácio; e Hamã se pós em pé, para rogar à rainha
Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei.
8 Tornando, pois, o rei do jardim do palácio à casa do
banquete do vinho, Hamã tinha caído prostrado sobre o leito em que estava
Ester. Então disse o rei: Porventura quereria ele também forçar a rainha
perante mim nesta casa? Saindo esta palavra da boca do rei, cobriram o rosto de
Hamã.
9 Então disse Harbona, um dos camareiros que serviam
diante do rei: Eis que também a forca de cinqüenta cóvados de altura que Hamã
fizera para Mardoqueu, que falara em defesa do rei, está junto à casa de Hamã.
Então disse o rei: Enforcai-o nela.
10 Enforcaram, pois, a Hamã na forca, que ele tinha
preparado para Mardoqueu. Então o furor do rei se aplacou.
ESTER Capítulo 8
1 Naquele mesmo dia deu o rei Assuero à rainha Ester a
casa de Hamã, inimigo dos judeus; e Mardoqueu veio perante o rei, porque Ester
tinha declarado quem ele era.
2 E tirou o rei o seu anel, que tinha tomado de Hamã e
o deu a Mardoqueu. E Ester encarregou Mardoqueu da casa de Hamã.
3 Falou mais Ester perante o rei, e se lhe lançou aos
seus pés; e chorou, e lhe suplicou que revogasse a maldade de Hamã, o agagita,
e o intento que tinha projetado contra os judeus.
4 E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então
Ester se levantou, e pós-se em pé perante o rei,
5 E disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça
perante ele, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu lhe agrado aos
seus olhos, escreva-se que se revoguem as car-tas concebidas por Hamã filho de
Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para aniquilar os judeus, que estão
em todas as províncias do rei.
6 Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu
povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?
7 Então disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu
Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, e a ele penduraram numa forca,
porquanto estendera as mãos contra os judeus.
8 Escrevei, pois, aos judeus, como parecer bem aos
vossos olhos, em nome do rei, e selai-o com o anel do rei; porque o documento
que se escreve em nome do rei, e que se sela com o anel do rei, não se pode
revogar.
9 Então foram chamados os escrivães do rei, naquele
mesmo tempo, no terceiro mês (que é o mês de Sivã), aos vinte e três dias; e se
escreveu conforme a tudo quanto ordenou Mardoqueu aos judeus, como também aos
sátrapas, e aos governadores, e aos líderes das províncias, que se estendem da
India até Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada província segundo o
seu modo de escrever, e a cada povo conforme a sua língua; como também aos
judeus segundo o seu modo de escrever, e conforme a sua língua.
10 E escreveu-se em nome do rei Assuero e, selando-as
com o anel do rei, enviaram as cartas pela mão de correios a cavalo, que
cavalgavam sobre ginetes, que eram das cavalariças do rei.
11 Nelas o rei concedia aos judeus, que havia em cada
cidade, que se reunissem, e se dispusessem para defenderem as suas vidas, e
para destruírem, matarem e ani-quilarem todas as forças do povo e da província
que viessem contra eles, crianças e mulheres, e que se saqueassem os seus bens,
12 Num mesmo dia, em todas as províncias do rei
Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar;
13 E uma cópia da carta seria divulgada como decreto em
todas as províncias, e publicada entre todos os povos, para que os judeus
estivessem preparados para aquele dia, para se vingarem dos seus inimigos.
14 Os correios, sobre ginetes velozes, sairam
apressuradamente, impelidos pela palavra do rei; e esta ordem foi publicada na
fortaleza de Susã.
15 Então Mardoqueu saiu da presença do rei com veste
real azul-celeste e branco, como também com uma grande coroa de ouro, e com uma
capa de linho fino e púrpura, e a cidade de Susã exultou e se alegrou.
16 E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e
honra.
17 Também em toda a província, e em toda a cidade,
aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e
gozo, banquetes e dias de folguedo; e muitos, dos povos da terra, se fizeram
judeus, porque o temor dos judeus tinha caído sobre eles.
ESTER Capítulo 9
1 E, no duodécimo mês, que é o mês de Adar, no dia
treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se
executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles,
sucedeu o contrário, porque os judeus foram os que se assenhorearam dos que os
odiavam.
2 Porque os judeus nas suas cidades, em todas as
províncias do rei Assuero, se ajuntaram para pór as mãos naqueles que
procuravam o seu mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o medo deles caíra
sobre todos aqueles povos.
3 E todos os líderes das províncias, e os sátrapas, e
os governadores, e os que faziam a obra do rei, auxiliavam os judeus porque
tinha caído sobre eles o temor de Mardoqueu.
4 Porque Mardoqueu era grande na casa do rei, e a sua
fama crescia por todas as províncias, porque o homem Mardoqueu ia sendo
engrandecido.
5 Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a
golpes de espada, com matança e com destruição; e fizeram dos seus inimigos o
que quiseram.
6 E na fortaleza de Susã os judeus mataram e destruíram
quinhentos homens;
7 Como também a Parsandata, e a Dalfom e a Aspata,
8 E a Porata, e a Adalia, e a Aridata,
9 E a Farmasta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaisata;
10 Os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo
dos judeus, mataram, porém ao despojo não estenderam a sua mão.
11 No mesmo dia foi comunicado ao rei o número dos
mortos na fortaleza de Susã.
12 E disse o rei à rainha Ester: Na fortaleza de Susã
os judeus mataram e destruiram quinhentos homens, e os dez filhos de Hamã; nas
mais províncias do rei que teriam feito? Qual é, pois, a tua petição? E
dar-se-te-á. Ou qual é ainda o teu requerimento? E far-se-á.
13 Então disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se
aos judeus que se acham em Susã que também façam amanhã conforme ao mandado de
hoje; e pendurem numa forca os dez filhos de Hamã.
14 Então disse o rei que assim se fizesse; e
publicou-se um edito em Susã, e enforcaram os dez filhos de Hamã.
15 E reuniram-se os judeus que se achavam em Susã
também no dia catorze do mês de Adar, e mataram em Susã trezentos homens; porém
ao despojo não estenderam a sua mão.
16 Também os demais judeus que se achavam nas
províncias do rei se reuniram e se dispuseram em defesa das suas vidas, e
tiveram descanso dos seus inimigos; e ma-taram dos seus inimigos setenta e
cinco mil; porém ao despojo não estenderam a sua mão.
17 Sucedeu isto no dia treze do mês de Adar; e
descansaram no dia catorze, e fizeram, daquele dia, dia de banquetes e de
alegria.
18 Também os judeus, que se achavam em Susã se
ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze, e
fizeram, daquele dia, dia de banquetes e de alegria.
19 Os judeus, porém, das aldeias, que habitavam nas
vilas, fizeram do dia catorze do mês de Adar dia de alegria e de banquetes, e
dia de folguedo, e de mandarem presentes uns aos outros.
20 E Mardoqueu escreveu estas coisas, e enviou cartas a
todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de
perto, e aos de longe,
21 Ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês
de Adar, e o dia quinze do mesmo, todos os anos,
22 Como os dias em que os judeus tiveram repouso dos
seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria, e de luto em
dia de festa, para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de
mandarem presentes uns aos outros, e dádivas aos pobres.
23 E os judeus encarregaram-se de fazer o que já tinham
começado, como também o que Mardoqueu lhes tinha escrito.
24 Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo
de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus, e tinha lançado Pur,
isto é, a sorte, para os assolar e destruir.
25 Mas, vindo isto perante o rei, mandou ele por cartas
que o mau intento que Hamã formara contra os judeus, se tornasse sobre a sua
cabeça; pelo que penduraram a ele e a seus filhos numa forca.
26 Por isso aqueles dias chamam Purim, do nome Pur;
assim também por causa de todas as palavras daquela carta, e do que viram sobre
isso, e do que lhes tinha sucedido,
27 Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si, e sobre a
sua descendência, e sobre todos os que se achegassem a eles, que não se
deixaria de guardar estes dois dias conforme ao que se escrevera deles, e
segundo o seu tempo determinado, todos os anos.
28 E que estes dias seriam lembrados e guardados em
cada geração, família, província e cidade, e que esses dias de Purim não fossem
revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de
sua descendência.
29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu,
o judeu, escreveram com toda autoridade uma segunda vez, para confirmar a carta
a respeito de Purim.
30 E mandaram cartas a todos os judeus, às cento e
vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras de paz e verdade.
31 Para confirmarem estes dias de Purim nos seus tempos
determinados, como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham
estabelecido, e como eles mesmos já o tinham estabelecido sobre si e sobre a
sua descendência, acerca do jejum e do seu clamor.
32 E o mandado de Ester estabeleceu os sucessos daquele
Purim; e escreveu-se no livro.
ESTER Capítulo 10
1 Depois disto impós o rei Assuero tributo sobre a
terra, e sobre as ilhas do mar.
2 E todos os atos do seu poder e do seu valor, e o
relato da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei exal-tou, porventura não estão
escritos no livro das crónicas dos reis da Média e da Pérsia?
3 Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei
Assuero, e grande entre os judeus, e estimado pela multidão de seus irmãos,
procurando o bem do seu povo, e proclamando a prosperidade de toda a sua
descendência.